sexta-feira, dezembro 5, 2025

FH 540 e VW 11.180 devem fechar outubro na liderança

MercadoFH 540 e VW 11.180 devem fechar outubro na liderança

Tudo indica que mais uma vez o VW 11.180 vai liderar o ranking de vendas de outubro de 2025. Até a última prévia da Fenabrave, o modelo estava com 512 unidades emplacadas, contra 500 do Volvo FH 540.

Apesar de serem frequentemente comparados, os dois modelos atendem propostas totalmente diferentes. O VW 11.180, que integra a linha Delivery, é considerado um caminhão leve, voltado principalmente para entregas urbanas e rotas de curta e média distância.

VW 11.180 vem ganhando espaço no cenário nacional

Ele se destaca pelo baixo custo de aquisição e manutenção, economia de combustível e facilidade de manobra, características valorizadas em operações de distribuição, logística urbana e pequenos fretes regionais. Com motor de cerca de 175 cv, o VW oferece bom desempenho para cargas moderadas, mantendo versatilidade e eficiência no trânsito das cidades. 

Volvo FH 540 ficou na liderança por muito tempo

Já, do outro lado, o Volvo FH ocupa o pódio entre os caminhões pesados e é uma referência no transporte rodoviário de longa distância. No entanto, o investimento é bem maior, tanto na compra quanto no consumo de combustível e na manutenção.

No fim, não se trata de qual caminhão é “melhor”, mas sim de qual melhor atende à necessidade do negócio. A análise deve considerar fatores como tipo de carga, volume, distância percorrida, orçamento disponível e estratégia de crescimento da empresa.

Raio-x do mercado de caminhões

Nos últimos anos, o mercado brasileiro de caminhões vem mostrando mudanças no perfil da demanda, com destaque para um crescimento mais acentuado dos segmentos de caminhões leves e médios em relação à expectativa tradicional de caminhões pesados.

Um dos vetores desse movimento está ligado ao custo operacional e ao perfil da carga transportada. Em operações urbanas ou de curta e média distância, que são cada vez mais comuns no país, especialmente com a expansão do e-commerce, logística de última milha e distribuição regional, os modelos médios revelam-se mais adequados. Eles oferecem menor investimento inicial, menor consumo de combustível, manutenção menos complexa e maior manobrabilidade em centros urbanos ou trechos rodoviários mais curtos.

Outro aspecto relevante é a estrutura do mercado e das frotas. Transportadoras que atuam em nichos de entrega, distribuição regional ou logística com rotas intermunicipais — que exigem flexibilidade mais do que potência máxima — acabam optando por modelos médios porque estes se adaptam melhor à operação, têm menor “custo morto” quando não há carga máxima constante e oferecem retorno mais rápido. 

Em síntese, a mudança ou reforço da preferência por caminhões médios ocorre porque o modelo de negócio de transporte no Brasil está se diversificando: não é mais apenas o frete de longa distância e grandes volumes que motiva a compra de caminhões, mas também a logística de proximidade, distribuição ágil, rotas urbanas e regionais.

Nesse contexto, o caminhão pesado continua sendo essencial para determinadas operações, mas não representa mais a única ou mesmo principal porta de entrada para muitas empresas, e por isso modelos médios ganham espaço, por oferecerem melhor reciclagem do capital, custo operacional mais baixo e maior adequação à realidade de muitas rotas.

Jornalista do Pé na Estrada, Rodrigo Samy

Jornalista especializado em veículos e apaixonado por motores desde criança. Começou a carreira em 2000, como repórter, nas revistas Carro e Motociclismo. Atuou por mais de 10 anos em assessorias de imprensa ligadas ao mundo motor. Foi editor do Portal WebMotors e repórter do Estado de S.Paulo. Hoje, trabalha como repórter e editor no Portal Pé na Estrada.

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