Neste domingo veja como foi a Intermodal 2016 e o que ela trouxe de novidade nos modais marítimo e rodoviário. Conheça ainda os lançamentos de ônibus da Volks Bus e da Iveco e a nova fábrica de carros da Mercedes-Benz em Iracemápolis/SP. E ainda: a linha Iveco 2017 de caminhões leves, médios e pesados.
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Fretes baixos e que não cobrem nem ao menos os custos, culpa do embarcador, do agenciador ou transportador?
O transporte rodoviário de cargas é feito por três figuras distintas que vivem no que a biologia chama de simbiose, que é a relação de espécies diferentes que ocorre entre dois ou mais organismos, de forma mutuamente vantajosa a ambos.
Essa associação íntima entre organismos ocorre em plantas, animais, fungos, bactérias, etc., onde cada um contribui positivamente beneficiando a sobrevivência do outro e a de si próprio, ou seja, uma associação para que todos tirem vantagens, não é isso que você espera?
É preciso entender como cada figura dessa associação enxerga seu mundo e o que espera ter como vantagem, assim, fica mais fácil definir interesses de cada um.
A figura do embarcador é a que mais força tem nesse jogo, afinal, é ele quem normalmente define preço do serviço, mas também é o que mais interesse tem no negócio, pois tem prazos certos para colocar seus produtos nos clientes, podendo até mesmo arcar com pesadas multas no caso de não cumprimento, mesmo assim, corre risco calculado, e sempre está coberto por apólices de seguro. Produz riquezas, gera empregos diretos e indiretos e paga impostos. Depende muito do transportador.
A figura do agenciador é a do “vida fácil”, não corre nenhum tipo de risco e se beneficia sempre, mantém estrutura de baixo custo, normalmente sonega impostos e tem “regalias” junto a embarcadores, muitas vezes a custa de “agrados” dados a figuras influentes que detém poder para tomar decisões. Negócio fácil de risco zero. Não produz riquezas, empregos e não paga impostos. Não gera empregos.
O transportador fica com os riscos, com o trabalho pesado, com as dificuldades, com os entraves e, muitas vezes, com rendimento que não cobre nem mesmo os custos, portanto, fica também com os prejuízos. Gera empregos indiretos.
E como é possível mudar tudo isso?
Entendo que é preciso “enxugar” os desperdícios e excluir o elo que não gera empregos ou paga impostos, o agenciador. É impensável manter no negócio transporte rodoviário a figura do “atravessador”.
Preparar os embarcadores para contatar e contratar diretamente os transportadores, criando centrais de carga e incentivando o uso de aplicativos destinados a aproximar embarcadores e transportadores. Encorajar embarcadores a conhecerem todos os custos inerentes ao transporte rodoviário de cargas e conscientizando a oferecem fretes que possibilitem a manutenção e sobrevivência do transportador, pois eles são imprescindíveis para o negócio do embarcador.
Profissionalizar o transportador, capacitando-o a enxergar e cortar custos desnecessários e identificar fretes que não cobrem os custos básicos, incentivando-o a não carregar estas cargas, fazendo com que embarcadores revejam suas ofertas.
Capacitar os transportadores a fazer a gestão de custos e faturamento, ou disponibilizar meios para que eles façam. Incentivar a criação de associações de forma a reduzir custos e facilitar o obter melhores condições de compra de insumos.
A mudança obrigatoriamente precisa começar na parte fraca, nos transportadores, passando posteriormente a mudança aos embarcadores.
E você transportador, está pronto para mudar?
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