Defasagem do frete alcança 22,9% para carga lotação; 11,2% da frota está parada

MercadoDefasagem do frete alcança 22,9% para carga lotação; 11,2% da frota está...

O número, considerado alarmante, foi anunciado esta semana pela NTC&Logística após pesquisa com transportadoras. O estudo é realizado duas vezes por ano. A novidade é a divisão entre carga lotação, com defasagem do frete de 9,81%, e carga fracionada, com 22,9%. A análise é feita no comparativo dos fretes praticados no mercado e os custos efetivos da atividade, ou seja, desconsidera inclusive o lucro das empresas. Além destes índices negativos, a sondagem, realizada entre junho e julho desse ano, traz também dados sobre o panorama do setor. E os números não são animadores. Pelo menos 77% dos 180 empresários entrevistados afirmaram que houve queda no desempenho financeiro da empresa e 65,4% estão com veículos parados, uma média de 11,2% da frota.

Defasagem do frete na carga fracionada é de 9,81% e carga lotação chega a 22,9%
Defasagem do frete na carga fracionada é de 9,81% e carga lotação chega a 22,9%

O objetivo da pesquisa é conscientizar o empresário sobre a importância de entender seus custos e cobrar corretamente pelo serviço. A defasagem no frete tem sua origem, tanto no acúmulo das defasagens ao longo dos anos, quanto na inflação dos insumos que compõem os custos, como o combustível, salário e manutenção dos veículos. “Trouxemos os índices separados, porque entendemos que as realidades da carga fracionada para a carga lotação são muito distintas, e com essa nova análise teremos mais assertividade do que é praticado pelas transportadoras”, afirma Lauro Valdivia, assessor técnico da NTC.

Apelo aos empresários

De acordo com José Hélio Fernandes, presidente da NTC, o histórico da defasagem é grande e o empresário precisa se lembrar de que após a crise será mais difícil a retomada para quem negociou o frete no limite ou abaixo dele. “Não é a primeira vez que fazemos um apelo aos empresários para cuidarem da gestão consciente dos negócios, principalmente, em momentos de crise, quando sabemos que equalizar a conta fica mais difícil. Observamos pela pesquisa que grande parte dos entrevistados manteve ou deu desconto no frete, que já sabemos ser defasado, e apenas 19% conseguiram o reajuste. Nossa luta é para que o setor se fortaleça cada vez mais e consiga se recuperar desse histórico que nos assombra”, comenta o presidente da NTC.

A importância de controlar os custos

Se está difícil para o empresário frotista, para o autônomo não é diferente. Ou até pior. Por isso, o Pé na Estrada tem produzido reportagens que tratam da necessidade de fazer as contas e gerir o caminhão como uma empresa. Duas mais recentes tratam do controle de custos e retorno do investimento.

Mesmo alto, números apresentam queda

Ainda de acordo com o estudo da NTC&Logística, a variação média do INCT-F e INCT-L (Índice Nacional do Custo do Transporte de Carga – Fracionada e Lotação) nos últimos 12 meses, mostrou que, mesmo representando ainda um aumento, os números apresentaram queda quando comparados a 2015. O primeiro com 9,08% (índice em 2015 era de 9,46%), o segundo com 7,30% (9,01% no ano passado).

Insumos que mais pressionaram os custos foram diesel, salários, despesas indiretas, manutenção e lavagem
Insumos que mais pressionaram os custos foram diesel, salários, despesas indiretas, manutenção e lavagem

De acordo com Neuto Gonçalves dos Reis, diretor técnico da NTC, o Arla 32 contribuiu para a redução. Agora, o produto também é vendido a granel, reduzindo custos com embalagens. As principias altas nos últimos 12 meses foram de óleo diesel, salários, despesas indiretas, manutenção e lavagem.

Por Jaime Alves, com informações da NTC&Logística

3 COMENTÁRIOS

  1. Tenho ouvido muitas reclamações sobre os valores dos fretes, e mais, como já me posicionei, na esmagadora maioria das vezes, as pessoas têm razão.
    Vamos pensar um pouco como o mercado funciona.
    Você aguarda carga em um posto, quando o agenciador chega, ele faz oferta de 12 fretes, mas só existem 5 caminhões parados. Cada um escolhe sua carga, e o agenciador volta com 7 fretes sem caminhões para carregar, um deles é da Fábrica ABC, tubos de concreto, 25.000 kg para andar 3.000 km frete R$6.000,00.
    No dia seguinte, o agenciador volta com 22 fretes, mas só existem 4 caminhões para carregar, os melhores fretes são carregados, os outros voltam, inclusive os tubos de concreto da Fábrica ABC, o frete continua R$6.000,00.
    No terceiro dia, já são 34 fretes na mão do agenciador, e só 7 caminhões disponíveis. A carga de tubos já é ofertada por R$8.000,00, mas, volta sem caminhão para carregar.
    No quarto dia, o dono da fábrica está muito bravo, o cliente está reclamando, a carga precisa chegar, aumenta o preço do frete para R$12.000,00, apesar dos mais de 50 fretes nas mãos do agenciador e dos 8 caminhões disponíveis, a carga é carregada.
    Nesse caso, existem mais cargas do que caminhões.
    Você está em uma cidade aguardando carga, procura de 15 em 15 minutos ofertas nos principais aplicativos que oferecem fretes, mas, nada aparece.
    No segundo dia, você está preocupado, continua a procura, mas, nada aparece.
    No terceiro dia, aparece um agenciador oferecendo 4 ou 5 fretes, um deles é para um destino próximo a sua casa, mas o preço é ruim. Você para, pensa um pouco, mas, quando vai aceitar, um sujeito ao lado já aceitou.
    No quarto dia, o agenciador aparece e você o aborda antes de todo mundo, o mesmo frete oferecido ontem, hoje está R$50,00 mais baixo, quando você vai reclamar do preço, o sujeito ao lado já aceitou.
    No quinto dia, você já espera o agenciador na entrada do posto, o mesmo frete que ontem estava R$50,00 mais baixo, hoje está R$100,00. Você olha para trás e lá vem os outros correndo, você fecha na hora, mesmo tendo prejuízo.
    Quando existem muitas cargas e poucos caminhões, o preço do frete aumenta.
    Quando existem poucas cargas e muitos caminhões, o preço do frete diminui.
    Hoje, a realidade que vivemos é de pouca carga para muitos caminhões, logo, os preços estão baixos.
    Porém, existem ainda cargas que valem a pena, que permitem algum lucro, mas, para ter certeza, você precisa fazer cálculos e ser rápido, caso contrário, o sujeito que está ao seu lado já disse sim.
    O Lucrei no Frete te informa se o frete é bom ou não no seu celular, em menos de 1 minuto, e mais, ele faz a organização da sua vida financeira e de seus fretes, indicando quanto foi seu lucro ou prejuízo no período que você quiser.
    Tudo isso, por menos de R$1,00 por dia.
    Descomplique, deixe o Lucrei no frete fazer as contas para você.
    Saiba exatamente quais são os custos que você terá para cobrir determinado trecho, faça seu cadastro e deixe o Lucrei no Frete calcular o frete justo, aquele que proporcionará vida longa ao transportador, agora com opção de boleto bancário, simples, rápido e seguro.
    Faça parte desse time de autônomos que não se deixam enganar, acesse http://www.lucreinofrete.com.br, faça seu cadastro, pague a primeira parcela e ganhe inteiramente grátis a capacitação em Direção Econômica.
    Veja como é rápido e fácil calcular os custos de um frete com o Lucrei no Frete, https://www.youtube.com/watch?v=6iBRzdU_4xw.
    Experimente Lucrei no frete, você vai se surpreender.
    Curta nossa página no Facebook:
    https://www.facebook.com/www.lucreinofrete.com.br/

  2. Boa noite a todos,
    O maior problema no momento em relação aos fretes são os agenciadores, que cada vez mais estão gananciosos, querendo ganhar mais do que deveria.

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Inscreva-se nos nossos informativos

Você pode gostar
posts relacionados