Manifestações continuam no Mato Grosso e em outras regiões do Brasil

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Com o começo da colheita da safra, os caminhoneiros esperavam uma melhora no frete para aliviar as perdas registradas em 2016. Porém a realidade encontrada foi outra. As tradings estão oferecendo fretes que, segundo os motoristas, não cobrem nem os custos da viagem, por isso transportadores que carregam no estado resolveram fazer a greve, com o intuito de pressionar o frete pra cima e também de buscar a aprovação da lei que institui a Tabela Mínima de Frete. 

 

Deste sexta-feira

 

O protesto começou na manhã de sexta-feira, 13 de janeiro, e continua desde então. Os pontos parados têm pequena mudanças, e o último balanço da concessionária da rodovia, às 11h30, informou que estão fechados quatro pontos. Ao sul do Estado, os bloqueios parciais sobre pista duplicada permanecem na BR-364, saída de Rondonópolis para Cuiabá, no km 201 (sentido sul), km 206 (sentido sul) e km 209 (sentido norte) e sobre pista simples no km 247 da BR-364 (sentido sul), na região de Juscimeira. Os bloqueios permitem a passagem de veículos de passeio, com carga perecível, ambulâncias e carretas-tanque.

Foi liberado às 11h09 o bloqueio do km 593 da BR-163 (sentido sul), região de Nova Mutum, norte do Estado. Segundo os manifestantes, o bloqueio seria retomado às 12h. Foram encerrados na noite desta segunda-feira (16) os bloqueios que eram realizados nos kms 119 da BR-163, saída de Rondonópolis para Mato Grosso do Sul, às 20h40, e no km 601 da BR-163, região de Nova Mutum, às 23h.

 

Outros pontos pelo País

 

Vários locais foram apontados como possíveis outros protestos, porém muitos eram manifestações dos moradores dos arredores da via e não dos carreteiros. Onde realmente foi identificado foco de mobilização foi em Palmital (SP). Aproximadamente 300 caminhões ocuparam os acostamentos da Rodovia Raposo Tavares, em ambos os sentidos. O protesto aconteceu na segunda-feira, dia 16, e durou aproximadamente cinco horas. Segundo o portal Assiscity, o protesto voltou nesta terça-feira, mas também com pista liberada e sem congestionamento. 

Manifestações continuam - na foto o protesto em Palmital (SP)
Caminhões param nos acostamentos da Raposo Tavares em Palmital (SP)
Imagem: reprodução TV TEM

Resultados

 

A Associação Nacional dos Exportadores de Grãos declarou ao Jornal Nacional que os preços são estabelecidos pelo mercado e que não existe nenhuma lei aprovada sobre valores mínimos.

Isso é verdade, mas os motoristas estão forçando exatamente o mercado a aumentar o preço, já que se ninguém, carregar por um preço X, as empresas terão que aumentar o valor da oferta.

Entramos em contato também com a ABIOVE, Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais, apontada pelos líderes do movimento como o possível canal de comunicação com quem paga o frete. Porém a ABIOVE informou que não tem informações para a imprensa e qualquer decisão interna não será passada aos meios de comunicação.

 

Estamos fazendo a cobertura completa da manifestação através do Globo Estrada, clique aqui. De segunda a sexta, das 5h às 6h e das 15h às 17h.

 

Por Paula Toco

 

 

Jornalista Paula Toco sentada em banco do motorista de caminhão pesado

Jornalista especializada em transporte comercial há mais de 15 anos.
Repórter do programa Pé na Estrada na TV (hoje no SBT) e coapresentadora do programa no Rádio (hoje na Massa FM). Mais de 300 mil seguidores nas redes sociais (Instagram + Tik Tok) onde fala de segurança e legislação de trânsito. Autora do livro “E se eles sumirem?” e palestrante de segurança no trânsito.

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