Uma ponte que atravessa o rio Canabrava, na região sul do Tocantins, desabou no último domingo, 2. A ponte cedeu durante a passagem de caminhão carregado com 67 bois, provocando o acidente.
O caminhão passava por uma estrada vicinal que liga a BR 153 a rodovia TO 296, na zona rural de Talismã. O motorista teve apenas ferimentos leves.
De acordo com a Defesa Civil da cidade, uma parte da carga caiu na água e pelo menos 15 animais morreram. Outros ficaram soltos na mata. A ponte, de 30 metros, era de madeira e não suportou o peso da carreta.
A estrada foi construída por fazendeiros da região e é sinalizada com placas que alertam para o risco de desabamento da ponte. O desvio para quem precisa passar pelo trecho é de 30 km.
A Defesa Civil informou ainda que era um comboio com três caminhões que passava no local e que a estrada de terra é usada por motoristas que tentam evitar a balança na divisa entre o Tocantins e Goiás. A Polícia Militar foi chamada para avaliar a melhor forma de retirar o veículo.
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Excesso de peso
Alguns motoristas preferem dirigir por atalhos e estradas estratégicas, porém precárias, para evitar fiscalização em relação ao peso da carga. Fazendo isso, o estradeiro coloca sua vida em risco, uma vez que nem sempre essas estradas são seguras para veículos de grande porte.
O excesso de peso só prejudica o motorista, uma vez que agora com a tabela mínima, o valor do frete é calculado a partir do tipo de carga, número de eixos do caminhão e distância a ser percorrida. Se a carga está acima do peso ou não, o valor do frete segue o mesmo.
Luciano Garcia, gerente de serviços e assistência técnica da MAN América Latina, explica que o excesso de peso afeta a vida útil do veículo como um todo e aumenta os custos de manutenção.
Ele explica que a prática também traz riscos à própria segurança do veículo em situações de frenagem ou mudança de direção bruscas, além do impacto no consumo de combustível e desgaste excessivo ou irregular de pneus.
Além de tudo isso, carregar além do permitido prejudica as estradas provocando a degradação prematura das vias, causando ruptura da estrutura e o surgimento de buracos e fissuras. Assim, vira um ciclo vicioso: caminhão com excesso de peso destrói o pavimento, pavimento esburacado destrói o caminhão. Todos saem perdendo.
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Por Pietra Alcântara com informações do G1