As reuniões sobre acordos coletivos por categoria para definir o piso mínimo do frete seguem acontecendo em Brasília e reunindo representantes dos caminhoneiros e indústria. Na última terça-feira, 6, setores industriais apresentaram uma proposta para uma tabela de fretes referencial, que não foi aceita pelos motoristas autônomos.
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Segundo a Confederação Nacional da Indústria, a tabela de fretes referencial envolve a “construção de uma metodologia de cálculo que estabeleça parâmetros viáveis de negociação entre as partes para o cálculo do valor do frete”.
De acordo com Nelson Júnior, presidente do Sindicam de Barra Mansa, na próxima semana representantes da indústria se reunirão com representantes dos caminhoneiros para seguir a discussão sobre o piso mínimo.
Desde a época das manifestações de caminhoneiros em 2015, que reivindicava, entre outras coisas, o preço do frete, uma tabela de fretes referencial já existia. Porém, por não ser obrigatória, as empresas não se baseavam nela para estabelecer o preço do frete. Ao longo dos anos, as insatisfações se acumularam, resultando na Greve dos Caminhoneiros de maio de 2018.
Acordos coletivos são a solução apresentada aos caminhoneiros pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. Para resolver a questão do frete, o ministro sugeriu a elaboração de acordos entre motoristas, embarcadores e transportadores de cada categoria de carga para definir piso mínimo de frete.
Por Pietra Alcântara