A Cummins levou para a Fenatran um motor a etanol, matriz energética que segundo a marca pode ser bem aplicada para Brasil. Pensando em descarbonização de veículos, tema desta feira de 2024, a Cummins pensou que o melhor combustível para a redução de CO₂ aqui no país é o álcool.
Cummins apresenta motor a etanol na Fenatran
A marca acredita que o Brasil é um importante protagonista para a transição energética global, e o etanol pode ser a melhor opção nessa descarbonização.
O biocombustível, está enraizado no Brasil desde a década de 1970. Pensando nesse movimento, a marca investiu em inovações ao explorar a tecnologia do motor B6.7 a etanol.
B6.7 movido a etanol, solução energética brasileira
Para ter ideia do ganho do etanol, um veículo pesado movido com esse biocombustível, pode emitir apenas 40 kg de CO₂-eq a cada 100 km.
Essa solução supera significativamente produtos com combustíveis fósseis como o diesel (114 kg de CO₂-eq por 100 km) e o gás natural (68 kg de CO₂-eq por 100 km).
No caso dos veículos elétricos, embora aparentem ser mais limpos, ao considerar a produção das baterias e a geração de energia, podem atingir 58 kg de CO₂-eq a cada 100 km.
B6.7 tem desempenho do motor a diesel
A tecnologia do motor B6.7 movido a etanol, com ignição por centelha e baixas emissões de NOx, tem o conceito da motorização combinada com a durabilidade e desempenho de um motor diesel com as vantagens ambientais do etanol, oferecendo 325 hp (330 cv) a 2800 rpm e 895 Nm a 1800 rpm.
Equipado com um cabeçote de duplo comando de válvulas e um sistema de injeção de combustível a 350 bar, o motor oferece eficiência no consumo e manutenção simplificada.
Construído a partir da plataforma B, o B6.7 a etanol se sobressai pela performance e pela simplicidade na adoção de sistemas de pós-tratamento, além de eliminar o uso do agente de ureia, Arla 32, e do filtro de partícula.
Motor a etanol pode ser aplicado em diversos segmentos
Segundo a Cummins, em nossa região, o B6.7 etanol pode ser uma alternativa viável para diversas aplicações, como ônibus, caminhões leves de entrega, picapes, vans e trailers.
Calibrado para maximizar a potência e o torque, o trem de força a etanol atende às condições de operação locais.
O turbocompressor, desenvolvido para aumentar a vazão de ar, proporciona uma resposta otimizada para as demandas de uso típicas do Brasil, assegurando desempenho robusto e eficiente do motor em cenários desafiadores, como altas temperaturas e variações climáticas extremas.
Cummins também levou motor multienergético e a gás na Fenatran
Como apresentado anteriormente pela marca para a imprensa, a Cummins levou o motor Helm, trem de força que pode ser adaptado para receber diesel, hidrogênio ou gás natural.
A tecnologia desse motor representa o plano da empresa da jornada do Destino ao zero, para a descarbonização de veículos pesados.
Essa plataforma oferece versatilidade ao operar com múltiplos combustíveis, exigindo apenas modificações na parte superior, no cabeçote do motor, enquanto mantém o mesmo bloco.
A versão levada para a feira foi a X15L, além da versão 15 litros, a Cummins HELM traz as versões B6.7 e X10.
No caso do X15H, que utiliza hidrogênio de carbono zero, a plataforma se apresenta como uma alternativa prática para reduzir substancialmente as emissões de carbono em veículos de até 44 toneladas, uma vez que motores movidos a hidrogênio emitem 99% menos carbono em comparação aos equivalentes a diesel.
Motores a gás B6.7N e M15N
É possível também ver na feira os novos motores B6.7N e M15N, movidos a combustíveis renováveis.
Essas novas opções, prontas para operar com biometano, são ideais para aplicações como caminhões de lixo, ônibus e transporte pesado, oferecendo uma alternativa de baixo carbono com alta eficiência.
O B6.7N possui potência de 190 a 280 hp, enquanto o M15N, entrega até 523 hp, recomendável para caminhões de cana-de-açúcar e outras aplicações de grande porte.
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Filha de caminhoneiro, recém-formada em jornalismo, resolveu usar a comunicação para manter a classe bem informada e, com isso, formar novas gerações de motoristas profissionais cada vez melhores para o futuro do país.