Devido aos casos de coronavírus confirmados no Brasil, o primeiro país da América Latina registrar casos da doença, muitas pessoas tem tido atenção redobrada na higiene pessoal, seja lavando mais as mãos ou higienizando-as com álcool em gel, incluindo motoristas.
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Com isso, uma dúvida surge: será que usar álcool em gel pode interferir no teste do bafômetro? Um vídeo tem sido divulgado nas redes sociais, em que o apresentador Cesar Urnhani, do Autoesporte, faz um teste do bafômetro após passar álcool nas mãos. No vídeo, o teste dá positivo.
O parceiro Marcos nos enviou o vídeo e a seguinte mensagem:
“Trucão olha só esse vídeo! Acabei de receber, falando sobre o álcool em gel. Vale a pena comentar! Diz aí para a gente: verdade ou mentira?”
Marcos, é mentira! Mas então por que o teste do Cesar Urnhani deu positivo apenas com o uso do álcool em gel? A gente te explica.
O primeiro detalhe importante é que o “bafômetro” usado no vídeo não é o mesmo usado pela polícia. Cesar Urnhani usou um teste descartável, geralmente vendido em farmácias.
Os dispositivos usados pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em blitz e fiscalizações são homologados e os únicos capazes de gerar provas e punições previstas na legislação.
A própria PRF fez um vídeo repetindo o teste com um bafômetro homologado, comprovando que apenas usar álcool nas mãos e inalar o cheiro do produto não é o suficiente para ser pego no teste.
Inalação do álcool em gel
De acordo com o Ministério da Saúde, a inalação momentânea do álcool em gel após sua utilização pode durar alguns segundos nos pulmões, caso esteja em ambiente fechado, com pouca ventilação. Ainda assim, é eliminado pelo corpo em menos de dois minutos.
Além disso, a inalação do produto não causa absorção do álcool na corrente sanguínea como ocorre nos casos das pessoas que ingerem bebidas alcoólicas. Portanto, utilizar álcool em gel não vai ocasionar nenhuma infração de trânsito.
Por Pietra Alcântara
