Na noite desta segunda-feira, 8, o Jornal Nacional teve entrevistas ao vivo dos dois candidatos à presidência que seguem para o segundo turno: Fernando Haddad, do PT e Jair Bolsonaro, do PSL. Ambos fizeram pronunciamentos e responderam às questões dos jornalistas. Bolsonaro iniciou sua fala agradecendo àqueles que votaram nele, incluindo grupos como agricultores, evangélicos e caminhoneiros.
O candidato do PSL ainda rebateu questões envolvendo declarações do vice, General Hamilton Mourão, envolvendo a alteração da Constituição e a aplicação de um autogolpe. Durante o pronunciamento, Jair Bolsonaro se confundiu ao citar seu vice, o chamando de “Augusto” e afirmando que as declarações dele vão contra seu plano de governo.
“General Augusto Mourão, agradeço a sua participação, mas nesses dois momentos ele foi infeliz. Deu uma canelada. Mas repito: o presidente jamais autorizaria qualquer coisa nesse sentido”, o candidato declarou durante a entrevista.
Bolsonaro e os caminhoneiros
Desde a greve dos caminhoneiros, o candidato à presidência vem se pronunciando a favor dos motoristas profissionais, ainda que com declarações controversas. Ele já se declarou contrário à tabela de frete, em respeito à posição de seu escolhido para comandar a economia, o banqueiro Paulo Guedes.
“Tabelar, aí não dá certo”, disse Bolsonaro em sabatina realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). “Isso vai na contramão da pessoa que eu confio para tratar nossa economia.”
Em maio deste ano, durante a greve dos caminhoneiros, Bolsonaro afirmou apoiar o movimento, de acordo com a Folha de S. Paulo. Porém, se posicionou contra o bloqueio de rodovias como protesto.
“O bloqueio de estradas não é salutar. Parar os caminhões, 100% apoio meu. Mas para bloquear estradas não tem meu apoio”, disse o presidenciável à Folha, citando um projeto de lei de sua autoria que prevê punições mais pesadas para protestos que impeçam o direito de ir e vir das pessoas.
Por Pietra Alcântara