O senado aprovou o projeto apelidado de ‘combustível do futuro’, que permite uma maior mistura do etanol na gasolina e estabelece 20% de biodiesel no diesel em 2030.
Com isso, o texto que estabelece regras para o Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC).
Caminhão a hidrogênio chega antes de 2024 no Brasil
Se aprovado, o PHBC deverá conceder crédito fiscal na comercialização de hidrogênio de baixa emissão de carbono e seus derivados produzidos no território nacional.
O total de crédito fiscal passível de ser concedido entre 2028 e 2032 deve ficar em R$ 18,3 bilhões.
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Apesar do PHBC estar em fase de aprovação, a GWM já começa a se movimentar e anunciou que vai trazer para o Brasil, no último bimestre de 2024, os primeiros caminhões movidos a hidrogênio.
Segundo a empresa, as primeiras unidades serão destinadas aos testes, mas que para o futuro a ideia é trazer caminhões do grupo com a marca If You.
Motor a hidrogênio é fornecido para várias marcas
Vale lembrar que a GWM fornece sistema de propulsão por meio da fabricante FTXT, uma empresa do grupo que é dedicada exclusivamente a criação de veículos a hidrogênio.
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A versão de motor que equipa caminhões trucados de três eixos utiliza oito cilindros de hidrogênio.
O grupo fornece 110 kW (150 cv) e permite autonomia é de cerca de 500 km. A capacidade é de 49 toneladas.
Outros modelos a hidrogênio já rodam por aí
O XCIENT Fuel Cell da Hyundai Motor Company é alimentado por dois sistemas de célula de combustível de 90 kW, o que resulta em potência total de 180 kW, e um motor elétrico de 350 kW, proporcionando uma autonomia máxima de mais de 400 km. Cerca de 50 unidades já rodam na Europa.
Já a Mercedes, usa um sistema de célula de combustível do GenH2 fornece 300 quilowatts (2 x 150 kW), enquanto a bateria fornece 400 kW adicionais temporariamente.
Característica técnica dos motores do GenH2 da Mercedes
A 70 kWh, a capacidade de armazenamento da bateria é relativamente baixa, uma vez que não se destina a atender às necessidades de energia, mas sim fornecer suporte de energia situacional para a célula de combustível durante picos de carga ao acelerar ou ao dirigir em subidas com o veículo totalmente carregado.
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Em uma versão pré-série, os dois motores elétricos são projetados para um total de 2 x 230 kW de potência contínua e 2 x 330 kW de potência máxima. Dessa forma, o caminhão GenH2 fornece um torque de 2 x 1.577 Nm ou 2 x 2.071 Nm.
Por Rodrigo Samy, com informações da Agência Senado, Mercedes-Benz, Hyundai e GWM
Jornalista especializado em veículos e apaixonado por motores desde criança. Começou a carreira em 2000, como repórter, nas revistas Carro e Motociclismo. Atuou por mais de 10 anos em assessorias de imprensa ligadas ao mundo motor. Foi editor do Portal WebMotors e repórter do Estado de S.Paulo. Hoje, trabalha com repórter e editor do Portal Pé na Estrada.