A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) está fazendo testes com um carro que multa sozinho. O veículo é munido de seis câmeras e em movimento é capaz de aplicar multas a automóveis parados na Zona Azul sem cartão de estacionamento. Por enquanto, o carro apenas realiza testes e não há cobrança de multas para os motoristas.
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Mas a ideia da Secretaria Municipal de Mobilidade e Transportes é fazer uma licitação e espalhar esses carros por toda a cidade de São Paulo.
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Testes
O secretário de Transportes, João Octaviano, explica ao Estadão que os testes, que começaram em setembro e devem durar mais 45 dias, vêm mostrando que o carro consegue ler as placas de 96% dos veículos – e 7,5% deles poderiam ser multados, pois estavam estacionados irregularmente.
“Tem alguns fatores, como sombra, que atrapalham a leitura da placa”, explica. Mesmo assim, ele considera os resultados satisfatórios.
Os testes estão ocorrendo no Brás, tradicional bairro comercial da zona leste. Ali, o automóvel percorre um conjunto de ruas que somam mil vagas de Zona Azul.
Como desde 2016 a emissão do serviço é digital, com créditos vendidos em aplicativos para celular, o trabalho do carro é ler todas as placas de carros parados e conferir os dados, automaticamente, com os cadastros de emissão de Zona Azul – verificando se o carro não está listado como habilitado para usar o sistema.
Os dados das placas ainda estão passando por olhos humanos, que validam os resultados.
Com esse modelo de fiscalização, já adotado em outros países, segundo Octaviano, a eficiência seria maior do que o sistema atual, com agentes de trânsito. A ideia é que uma única equipe possa monitorar uma quantidade maior de ruas em menos tempo.
Além disso, “os agentes que fiscalizam a Zona Azul são os mais expostos a agressões de motoristas que não concordam em serem multados”, segundo o secretário. O controle eletrônico livraria os marronzinhos desses infratores insatisfeitos.
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Adaptado de Estadão