Os efeitos da pandemia serão capazes de mudar o transporte? A nova edição do informe Transporte em Movimento, da Confederação Nacional do Transporte (CNT), mostra que as mudanças nos padrões de mobilidade urbana, de cadeias de suprimento globais e de consumo digital vêm contribuindo para consolidar um setor mais desenvolvido e com potencial mais colaborativo.
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Na avaliação do presidente da CNT, Vander Costa, as transformações no transporte foram aceleradas pela pandemia, mas a tendência é que a velocidade das mudanças no mercado siga cada vez mais intensa.
“Este é o momento para aproveitarmos aquilo que foi positivo e garantir que esse ‘novo normal’ seja marcado por um sistema de transporte de qualidade, eficiente e adequado às realidades locais e por uma logística ágil e confiável”, afirma Costa.
Compras on-line e o transporte
No âmbito do e-commerce, em função do aumento do número de compras on-line, as empresas de logística estão operando em ritmo acelerado, comparável ao de períodos como a Black Friday. Se a demanda se mantém, isso pode mudar o transporte de cargas como conhecemos.
Nessa linha, para manter o tempo de entrega, algumas empresas incrementaram sua quantidade de entregadores. Houve também uma ampliação da corrida pela chamada last mile – que, em uma cadeia logística, é quando a mercadoria chega ao consumidor final.
Transporte público
É verdade que o coronavírus afastou pessoas do transporte público nas cidades e levou a uma priorização de deslocamentos por meios de transporte em que não há a necessidade de compartilhamento de espaços fechados.
A análise da CNT aponta que esse cenário de diminuição de pessoas nos ônibus não é definitivo e registra que o abandono do transporte público não é uma alternativa viável sob o ponto de vista urbanístico, social ou ambiental.
Em países como Itália, Reino Unido e África do Sul, já vêm sendo testados aplicativos que possibilitam aos passageiros reservar um lugar no ônibus quando necessitarem realizar um deslocamento, assegurando a lotação conforme parâmetros de segurança sanitária.
A CNT destaca também que a pandemia chamou atenção para a necessidade de cadeias de suprimento globais mais ágeis, capazes de responder, de forma eficiente, às rápidas transformações.
Por esse motivo, se torna ainda mais importante adoção de procedimentos digitalizados nas transações entre empresas e nas documentações exigidas por lei, sem aumento da burocracia.
Por Pietra Alcântara com informações da CNT
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