sexta-feira, novembro 22, 2024

Dia Mundial do Café: como será a colheita na pandemia?

CoronavírusDia Mundial do Café: como será a colheita na pandemia?

Nesta terça-feira, 14, é celebrado o Dia Mundial do Café. E no nosso país, a bebida tem muita importância: o Brasil é o segundo maior consumidor mundial de café. De acordo com dados da Organização Internacional do Café (OIC), são 21 milhões de sacas ao ano.

Além de consumir, o Brasil também produz muito café, afinal é o maior exportador de café do mundo. E com toda essa responsabilidade, como fica a colheita de café em tempos de pandemia? Este é o assunto da matéria desta terça, em homenagem ao Dia Mundial do Café.

Leia também: Queda de faturamento é principal problema das transportadoras, diz CNT

 

Colheita de café na pandemia

Segundo o Estado de Minas, os primeiros grãos de café da safra mineira deste ano devem começar a ser colhidos em aproximadamente um mês. Já no Espírito Santo, a colheita do café geralmente começa logo após a Páscoa, mas este ano as orientações são outras, devido o surto de coronavírus. As informações são da Gazeta.

Especialistas estão otimistas com o mercado de café, apesar dos desafios trazidos pela pandemia de coronavírus. Para Niwton Castro Moraes, assessor especial da cafeicultura da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o preço do café ainda está condições suportáveis.

A preocupação do assessor é que a quarentena se prolongue por mais tempo, interferindo no deslocamento da mão de obra na colheita. “Poderemos enfrentar alguns problemas como a restrição de transporte coletivo nas estradas e fechamentos dos limites entre municípios, já que a mão de obra é sazonal e se desloca entre regiões”, reconhece o assessor. É uma situação contrária das plantações no Cerrado, onde a colheita é praticamente toda mecanizada.

José Marcos Rafael Magalhães, presidente da Cooperativa Minas Sul, a segunda maior do estado, acredita que nem mesmo as exportações de café serão duramente afetadas pela crise. “O momento requer equilíbrio. Todo cuidado com a vida humana é importante, mas também protegeremos o alimento que mantém o sustento de nossas famílias e comunidade em geral”, ele afirma.

No ES, a expectativa da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag ES) é que a colheita deste ano não sofra grandes prejuízos.

Para a Seag, um dos fatores determinantes é que muitas vezes o produtor colhe café precocemente para vender logo e conseguir cumprir as obrigações com instituições financeiras. Agora, essas instituições estão mais flexíveis, devido ao período de pandemia, o que permite que o produtor tenha certo “respiro”.

 

Sem gente não há café

dia mundial do cafe

O café importa não só para quem consome, mas para quem produz e para quem transporta. Neste Dia Mundial do Café, além de lembrar da bebida queridinha dos brasileiros, é bom ter em mente que sem gente não há café.

Neste momento, em toda a cadeia produtiva, o fator humano deve estar em evidência. Se as pessoas não se protegerem e manterem as medidas de segurança agora, não haverá razão para plantar, colher, exportar ou comprar café.

 

Por Pietra Alcântara

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Inscreva-se nos nossos informativos

Você pode gostar
posts relacionados