Nesta terça-feira, 14, é celebrado o Dia Mundial do Café. E no nosso país, a bebida tem muita importância: o Brasil é o segundo maior consumidor mundial de café. De acordo com dados da Organização Internacional do Café (OIC), são 21 milhões de sacas ao ano.
Além de consumir, o Brasil também produz muito café, afinal é o maior exportador de café do mundo. E com toda essa responsabilidade, como fica a colheita de café em tempos de pandemia? Este é o assunto da matéria desta terça, em homenagem ao Dia Mundial do Café.
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Colheita de café na pandemia
Segundo o Estado de Minas, os primeiros grãos de café da safra mineira deste ano devem começar a ser colhidos em aproximadamente um mês. Já no Espírito Santo, a colheita do café geralmente começa logo após a Páscoa, mas este ano as orientações são outras, devido o surto de coronavírus. As informações são da Gazeta.
Especialistas estão otimistas com o mercado de café, apesar dos desafios trazidos pela pandemia de coronavírus. Para Niwton Castro Moraes, assessor especial da cafeicultura da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o preço do café ainda está condições suportáveis.
A preocupação do assessor é que a quarentena se prolongue por mais tempo, interferindo no deslocamento da mão de obra na colheita. “Poderemos enfrentar alguns problemas como a restrição de transporte coletivo nas estradas e fechamentos dos limites entre municípios, já que a mão de obra é sazonal e se desloca entre regiões”, reconhece o assessor. É uma situação contrária das plantações no Cerrado, onde a colheita é praticamente toda mecanizada.
José Marcos Rafael Magalhães, presidente da Cooperativa Minas Sul, a segunda maior do estado, acredita que nem mesmo as exportações de café serão duramente afetadas pela crise. “O momento requer equilíbrio. Todo cuidado com a vida humana é importante, mas também protegeremos o alimento que mantém o sustento de nossas famílias e comunidade em geral”, ele afirma.
No ES, a expectativa da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag ES) é que a colheita deste ano não sofra grandes prejuízos.
Para a Seag, um dos fatores determinantes é que muitas vezes o produtor colhe café precocemente para vender logo e conseguir cumprir as obrigações com instituições financeiras. Agora, essas instituições estão mais flexíveis, devido ao período de pandemia, o que permite que o produtor tenha certo “respiro”.
Sem gente não há café
O café importa não só para quem consome, mas para quem produz e para quem transporta. Neste Dia Mundial do Café, além de lembrar da bebida queridinha dos brasileiros, é bom ter em mente que sem gente não há café.
Neste momento, em toda a cadeia produtiva, o fator humano deve estar em evidência. Se as pessoas não se protegerem e manterem as medidas de segurança agora, não haverá razão para plantar, colher, exportar ou comprar café.
Por Pietra Alcântara