As rodovias Estrada da Ribeira (BR 476) e Transbrasiliana (BR 153) ficaram de fora da lista de BRs que serão concedidas à iniciativa privada pelo Governo do Paraná.
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Foram consideradas inviáveis a Estrada da Ribeira, na ligação entre Curitiba e Adrianópolis, na divisa com São Paulo, e uma porção ainda inconclusa da chamada Transbrasiliana, entre Alto do Amparo, distrito de Tibagi, e Imbituva, nos Campos Gerais.
O estudo que está sendo elaborado pela Empresa de Planejamento e Logística (EPL) em parceria com a IFC, do Banco Mundial, considerou que as duas rodovias têm fluxo baixo e grande necessidade de obras, o que tornaria a tarifa cara.
Por isso, os trechos acabaram tirados do pacote de 3,8 mil quilômetros do novo pedágio – 1,3 mil a mais do que atual Anel de Integração.
Transbrasiliana
A inclusão nos lotes a serem pedagiados era a esperança de ver concluída uma das maiores rodovias do Brasil, que é interrompida no Paraná. A Transbrasiliana foi idealizada pelo presidente Juscelino Kubitschek, no final da década de 50, para ligar o interior do país à futura capital, Brasília. Tem 4,3 mil quilômetros, entre o Pará e o Rio Grande do Sul. Foram muitos anos de obras, suspensas várias vezes.
No Paraná, um trecho ficou sem asfalto. Do percurso ainda não pavimentado, apenas entre Ventania e Alto do Amparo foi finalizado, mas foram duas décadas para que a obra de 82 quilômetros se tornasse realidade, em 2014.
Restou ainda um pedaço que hoje ainda é apenas um risco no mapa. São 56 quilômetros até Imbituva. Atualmente o trajeto é feito por vias municipais não asfaltadas.
O projeto de pavimentação não seguiria o mesmo traçado. Significaria praticamente abrir uma rodovia, uma obra cara, considerando que a Transbrasiliana tem pouco movimento de veículos para custear o investimento.
Embora, a ligação entre Alto do Amparo e Imbituva tenha sido excluída do pacote de rodovias a ser pedagiado, a porção norte da BR 153 no Paraná fará parte de um dos lotes de concessão em 2021.
Adaptado de Gazeta do Povo