quinta-feira, novembro 21, 2024

Motoristas com apneia têm maior chance de se envolver em acidentes

NotíciasMotoristas com apneia têm maior chance de se envolver em acidentes

Conforme a Biologix, empresa especializada em medicina do sono, dormir de forma adequada influencia na segurança do trânsito. Estudos mostram que a sonolência afeta diretamente as funções cognitivas e a capacidade de reação dos motoristas, aumentando o risco de acidentes.

Motoristas com apneia têm maior chance de se envolver em acidentes

Uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (ABRAMET), em parceria com a Academia Brasileira de Neurologia e o Conselho Regional de Medicina, revelou que mais de 40% dos acidentes de trânsito são causados por sonolência ao volante, sendo a terceira maior causa de acidentes, atrás apenas do uso de álcool e drogas (segunda) e do excesso de velocidade (primeira).

Veja também: Dormir poderá trazer benefícios aos estradeiros em novo projeto da VW

A mesma pesquisa mostrou que motoristas que sofrem de apneia do sono têm de duas a sete vezes mais chances de provocar um acidente nas rodovias.

“A apneia do sono é um agravante significativo, pois provoca interrupções na respiração durante a noite, levando a múltiplos despertares e ao cansaço excessivo durante o dia. Esse cansaço pode resultar em lapsos de atenção e tempos de reação mais lentos, aumentando o risco de acidentes. É crucial que motoristas compreendam a importância do sono adequado e busquem tratamento para distúrbios do sono para garantir sua segurança e a de todos nas estradas”, ressalta Talita Salles, especialista em sono e diretora da Biologix. 

Como saber se o motorista tem apneia?

Os motoristas devem estar atentos aos sinais de sonolência: olhos se fechando involuntariamente, não lembrar dos últimos minutos dirigindo, bocejar frequentemente, esfregar os olhos ou sentir a cabeça caindo para frente.

Além de perceber os sinais, realizar pausas regulares durante viagens longas também são recomendadas para prevenir o cansaço.

“Para motoristas com sintomas de apneia do sono, é crucial procurar ajuda médica para um diagnóstico correto. Hoje, é possível realizar diagnósticos simplificados e feitos em casa, com a mesma precisão dos métodos tradicionais. Após o diagnóstico, iniciar o tratamento é essencial para evitar problemas na rotina diária”, comenta Talita.

Cuidando da apneia do sono

A apneia do sono é uma condição séria, mas tratável com várias abordagens eficazes:

  • Alterações no estilo de vida: manter peso adequado, evitar telas à noite e mudar a posição de dormir (evitar dormir de costas) podem reduzir os sintomas da apneia do sono.
  • Tratamentos com CPAP: o uso de um dispositivo de pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP) é um dos tratamentos mais comuns e eficazes para apneia do sono. Este dispositivo mantém as vias aéreas abertas durante o sono.
  • Aparelhos orais: dispositivos bucais projetados para manter a garganta aberta podem ser uma opção para pessoas com apneia leve a moderada.
  • Intervenções cirúrgicas: em alguns casos, procedimentos cirúrgicos podem ser recomendados para remover ou reduzir tecidos que bloqueiam as vias aéreas superiores.

Sono em dia é oferecido como benefício

Pesquisa de 2021, da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (Abramet), também reforça que 42% dos acidentes de trânsito no país estão relacionados ao sono. 

De olho nestes números, Volkswagen e Livello criaram um projeto de monitoramento do sono durante as rotas de motoristas por todo o Brasil. Com o tema “Descanse e Ganhe”, o acompanhamento feito por celular converte o tempo correto de sono em benefícios.

Ricardo Alouche, vice-presidente de Vendas, Marketing e Pós-Vendas da Volkswagen Caminhões e Ônibus, destaca que o objetivo deste programa é incentivar uma rotina mais saudável e responsável nas estradas, além de beneficiar e contribuir com parceiros e clientes, visando melhor rendimento da frota e claro, estradas mais seguras.

Por Rodrigo Samy

Jornalista do Pé na Estrada, Rodrigo Samy

Jornalista especializado em veículos e apaixonado por motores desde criança. Começou a carreira em 2000, como repórter, nas revistas Carro e Motociclismo. Atuou por mais de 10 anos em assessorias de imprensa ligadas ao mundo motor. Foi editor do Portal WebMotors e repórter do Estado de S.Paulo. Hoje, trabalha com repórter e editor do Portal Pé na Estrada.

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