Na sexta-feira (2), o Ministério da Saúde divulgou pauta que garante o início da distribuição nacional de um novo lote de vacinas contra a Covid-19 aos demais trabalhadores do transporte contemplados no Plano Nacional, incluindo profissionais do setor coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso, juntamente com os caminhoneiros.
A medida já era esperada há um bom tempo, visto que os caminhoneiros são prestadores de serviço essenciais para a sociedade e também foi uma das classes mais prejudicadas em relação à pandemia de Covid-19.
O alto número de mortes entre caminhoneiros
O jornal EL País realizou um levantamento entre janeiro de 2020 a fevereiro de 2021, antes e durante os momentos mais críticos da pandemia no país. O levantamento mostra que os caminhoneiros são os trabalhadores que mais tiveram desligamentos por morte em empregos formais, com 220 óbitos a mais em relação ao início da pesquisa.
Segundo informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o setor de transporte concentrou o maior número absoluto de óbitos no período. Além do alto índice de mortes de caminhoneiros, os motoristas de ônibus morreram 62% mais durante a pandemia. Pessoas que trabalham em depósitos e na administração das empresas do setor também foram incluídas no levantamento.
Vale ressaltar que o Caged não contabiliza as mortes de trabalhadores autônomos ou de microempresários individuais, o que poderia dar uma dimensão do real número de mortes, quando falamos dos caminhoneiros.
Relembre: Caminhoneiros entram para grupo prioritário da vacina
A inclusão dos trabalhadores do transporte no grupo prioritário
Desde janeiro, alguns segmentos dos profissionais do transporte foram incluídos nesses grupos, a pedido da Confederação Nacional do Transporte. Em maio, o Ministério já havia iniciado a distribuição de doses para a vacinação dos trabalhadores dos setores portuários, aéreos e aeroportuários.
Apenas na primeira semana de julho, com o novo lote de vacinas contra a Covid-19, o restante do grupo foi incluído na lista prioritária. Além dos profissionais do setor rodoviário, também serão imunizados os trabalhadores do transporte metroviário, ferroviário e aquaviário.
Vacinação em dose única
Seguindo um pedido da CNT, os trabalhadores serão vacinados, preferencialmente, com o imunizante Janssen/Johnson & Johnson(D1), de dose única, para garantir a imunização rápida e eliminar a necessidade de retorno ao posto de vacinação, já que são profissionais que estão deslocamento permanente.
A única exceção no momento são os profissionais do transporte rodoviário de passageiros, que deverão ser vacinados com duas doses da AstraZeneca/Fiocruz (D1).
Por Daniel Santana com informações da Agência CNT Transporte Atual
Bom dia Trucão
Faço parte da Ong Guerreiros da estrada/ UNCC . Nois fizemos campanha desde o ano passado, batemos nas portas das prefeituras, muitas CRISTAIS falaram com Vereadores das suas cidades para priorizar Caminhoneiros, foi uma luta geral não acho justo citar apenas a CNT, foi uma reivindicação de muitas CRISTAIS, delas que perderam seus maridos pra esse vírus terrível.