Na manhã do último domingo, 21, um caminhão que transportava vinho tombou no Km 561 da rodovia Regis Bittencourt. Minutos depois, equipes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) encontraram caixas de vinho Del Grano no interior de veículos que passavam próximo ao local do acidente. Ao fazerem perguntas aos motoristas, puderam afirmar que se tratava de um saque de carga de caminhão.
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Segundo a PRF da Unidade Operacional de Barra do Turvo, no primeiro veículo abordado havia duas caixas de vinho e mais 3 garrafas à parte. No segundo, 15 caixas de vinho. Na Unidade de Registro, foram encontradas 4 caixas da bebida em um terceiro veículo. Cada caixa continha 6 garrafas de vinho da mesma marca.
De acordo com a Polícia, ao serem questionados sobre a nota fiscal dos produtos, os suspeitos disseram não haver. Um dos passageiros confessou que o produto foi recolhido de um veículo tombado na rodovia e os policiais confirmaram que se tratava do caminhão acidentado.
Os envolvidos foram levados para a Delegacia de Polícia Civil de Registro e presos por saque de carga de caminhão tombado.
Saque de carga é crime
Saque de caminhões tombados, infelizmente, é algo comum de se ver nas estradas brasileiras. O que muita gente não sabe é que carga, mesmo espalhada na pista, tem dono.
A apropriação de algo que não te pertence é considerado crime previsto no art. 169 do Código Penal e o infrator pode cumprir pena de um mês a um ano de prisão ou pagamento de multa.
Para os casos de saque de carga de caminhões tombados, a carga, mesmo se não estiver segurada, continua tendo dono. Caso tenha seguro, a empresa decidirá o que fazer com a mercadoria que não estiver em condições de comercialização. Enquanto não houver esse procedimento, qualquer apropriação do produto será considerada furto.
O papel do motorista em situações como essa é chamar imediatamente a polícia. A omissão injustificada, ou seja, quando o motorista não tem motivos para não chamar a polícia, pode acabar trazendo consequências para o próprio caminhoneiro, que pode ser responsabilizado pelo saque.
Por Wellington Nascimento