Boa parte dos colaboradores do Hospital Israelita Albert Einstein chegam ao destino a bordo de um ônibus compacto, com 9 metros de comprimento.
Os veículos são elétricos e operam em um percurso circular de dois quilômetros, marcado entre a Estação de Metrô e o hospital, localizado perto do estádio do São Paulo, no Morumbi.
Eles chamam a atenção por serem compactos, menores no comprimento, e com o piso mais próximo ao chão.
Levam um pouco mais de 43 passageiros nos 9 metros de extensão, enquanto os tradicionais, conseguem o dobro, mas precisam de 13 metros.
Ônibus compacto ganha espaço nas grandes cidades
A principal vantagem do modelo compacto e elétrico diante dos modelos tradicionais está na facilidade de manobrar e no zero ruído emitido, sem contar a emissão zero.
Um dos modelos que faz o transporte dos funcionários do hospital, por exemplo, é o TEVX Higer Azure9, um modelo chinês com autonomia de 250 km.
Além da experiência proporcionada na Zona Sul de São Paulo, outra está ocorrendo na Zona Leste de São Paulo.
Ou seja, o mesmo tipo de modelo que opera nos dois quilômetros do Morumbi, vai operar em uma linha fictícia.
A ideia da fabricante chinesa e da viação Pêssego é testar em condições reais como é o comportamento do veículo, bem como os pontos altos e baixos.
Ônibus compacto leva mais de 40 passageiros
O teste será realizado em uma linha regular da operadora, rodando sem passageiros, para coletar dados de segurança e eficiência.
O Azure9 se destaca pelo piso totalmente baixo e pelo sistema de ajoelhamento, que permite ao ônibus “deitar”, facilitando o embarque e desembarque de passageiros.
A previsão é que, ainda neste mês, o ônibus elétrico de 9 metros seja testado em outras operadoras paulistas.
São Paulo está na vanguarda dos elétricos
No primeiro semestre de 2025, o mercado brasileiro de ônibus elétricos registrou um crescimento expressivo.
Foram emplacadas 306 unidades em todo o país, um aumento de 141% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram vendidas 127 unidades.
Em junho, 34 ônibus elétricos entraram em circulação, um crescimento de 278% em comparação com o mesmo mês do ano anterior (9 veículos).
Dos 306 ônibus elétricos emplacados no primeiro semestre, 275 estão em operação na capital paulista, o que equivale a 90% do total nacional.
Vale dizer, portanto, que a Lei Municipal nº 16.802/2018 fixou um prazo de 20 anos, até 2038, para a emissão zero de gás carbônico (CO²) da frota paulistana de ônibus, mais redução de 95% de material particulado (MP) e de 95% de óxidos de nitrogênio (NOx).
Mas ela acabou sofrendo mudanas no decorrer do período por uma série de discussões.
Municípios que emplacaram ônibus elétricos no 1º semestre de 2025:
- São Paulo (SP): 275
- São Bernardo do Campo (SP): 11
- Resende (RJ): 4
- Ribeirão Preto (SP): 4
- Salvador (BA): 3
- Goiânia (GO): 3
- Campinas (SP): 2
- Taboão da Serra (SP): 2
- Cariacica (ES): 1
- Barueri (SP): 1
A comercialização desse tipo de veículo, por exemplo, costuma ocorrer em lotes maiores, vinculados a contratos firmados com prefeituras e operadores de transporte coletivo, o que pode resultar em períodos mais longos de ausência de entregas.
A Marcopolo, por exemplo, entregou em julho (portanto, fora do primeiro semestre) 95 ônibus a uma operadora da cidade de São Paulo.
Jornalista especializado em veículos e apaixonado por motores desde criança. Começou a carreira em 2000, como repórter, nas revistas Carro e Motociclismo. Atuou por mais de 10 anos em assessorias de imprensa ligadas ao mundo motor. Foi editor do Portal WebMotors e repórter do Estado de S.Paulo. Hoje, trabalha como repórter e editor no Portal Pé na Estrada.