sexta-feira, novembro 22, 2024

Para Anfavea, “fase mais crítica” da crise já passou

CoronavírusPara Anfavea, "fase mais crítica" da crise já passou

Nesta sexta-feira, 4, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou à imprensa dados sobre o mercado de veículos no Brasil no último mês. “A indústria passou pela sua fase mais difícil e agora esta olhando com bons olhos a retomada”, afirma Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea. Para ele, a fase mais crítica aconteceu bem no início da crise do coronavírus.

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Para Luiz Carlos Moraes, presidente da Anfavea, a fase mais crítica aconteceu bem no início da crise do coronavírus | Imagem: Anfavea/Divulgação

Já foi dito por ele que uma retomada no setor pode demorar cerca de 5 anos no Brasil. Neste mês, Moraes quis deixar claro que o foco agora são os desafios da retomada, e não a queda que a pandemia da covid-19 trouxe na economia em geral.

“A fase mais crítica já passou. Estamos olhando para a retomada. Estamos agora não mais virados para a queda e sim para os desafios da retomada: novas tecnologias, um novo modelo de negócio que surgiu com a pandemia e como ele afeta o setor [de veículos], além de um novo comportamento da sociedade”, explica o presidente.

 

Caminhões

Imagem: Scania/Divulgação

As vendas de caminhões, que seguiam em uma lenta recuperação, em agosto tiveram queda de 14,4% em relação ao mesmo período em 2019. Comparando com julho de 2020, houve queda de 15,3%.

No acumulado, também houve retração: 55,5 mil unidades vendidas em 2020 até a agosto, contra 65,2 mil unidades no mesmo período do ano passado, o que representa -14,9%.

Para Marco Saltini, vice-presidente da Anfavea, é preciso considerar que as medidas sanitárias de segurança e o distanciamento dos funcionários nas fábricas influenciam diretamente o mercado, fazendo com que o ritmo de produção fique mais lento. “Hoje há espaços de tempo maiores para montar produtos”, afirma.

Saltini também falou sobre a ociosidade de caminhões, que hoje está na faixa de 60%, segundo ele. “Chegamos a quase 80% de ociosidade no período de 2014 a 2016. Estávamos na recuperação ainda quando veio a pandemia”, explica o vice.

As exportações de caminhões tiveram aumento em agosto: 3,5% a mais que julho deste ano. Porém, em relação ao ano passado, as exportações caíram.

Foram 1,2 mil unidades exportadas em agosto deste ano. Já em 2019, foram 1,3 mil unidades, o que representa diminuição de 6,9% nas exportações. No acumulado, a queda é maior: -17,8%.

 

Ônibus

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Foram 1,4 mil unidades de ônibus vendidas em agosto deste ano, contra 1,5 mil unidades no mês de julho, representando 1,7% de retração. Em relação ao ano passado, houve queda de 26,3%, já que em agosto de 2019 foram 2 mil ônibus vendidos.

No acumulado deste ano, foram 8,7 mil unidades vendidas, contra 13,4 mil em 2019, com queda de 35,1%.

Nas exportações, foram 236 unidades de ônibus em agosto, contra 561 em julho do mesmo ano. Isso representa queda de 57,9%. Em 2019, no mesmo mês foram 446 unidades exportadas, o que representa queda de 47,1%. No acumulado, a queda representa 46,9%.

 

Máquinas agrícolas

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Em agosto, foram 4,4 mil unidades vendidas. Em julho, foram licenciadas 4,5 mil máquinas agrícolas, representando 2,7% de queda. Em comparação com agosto de 2019, houve aumento nas vendas de 4,8%. Apesar da queda de um mês para o outro, em geral a venda de máquinas agrícolas tem resistido, em comparação com outros setores, o que mostra a força do agro no país.

No acumulado, vendas de máquinas agrícolas em 2019 e 2020 são bem parecidas e há uma diferença positiva de 1,8%. De janeiro a agosto de 2019, foram 28 mil máquinas vendidas, contra 28,5 mil no mesmo período de 2020.

Sobre as exportações, em agosto foram 728 unidades exportadas, contra 843 em julho, o que representa queda de 13,6%. Quando comparamos com maio de 2019, em que 1,2 mil unidades foram vendidas, a queda é de 39,4%.

 

Para conferir a carta da Anfavea na íntegra, clique aqui.

 

Por Pietra Alcântara

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