As condições da rodovia MGC 455, que liga Campo Florido a Uberlândia, continuam preocupando quem roda por lá. O trecho é importante para o escoamento de produtos agrícolas.
“A estrada começou a ser pavimentada em 2008. As obras de pavimentação estão paradas há três anos, quando a expectativa era de que a pavimentação deveria ficar pronta um ano após o início”, lembra Rui Ramos, presidente da Amvale e prefeito de Pirajuba. Segundo ele, somente a metade dos asfalto, que corresponde à um trecho de 106 quilômetros de extensão, foi concluída até agora. O restante dos 53 km até Campo Florido continua coberto por terra, ficando completamente intransitável em algumas épocas do ano, devido ao clima.
E não é só isso. A rodovia corta uma área com expressiva produção de açúcar e etanol. Devido ao atraso das obras, hoje a produção acaba indo por meio de São Paulo, fazendo operação de transbordo em silos no interior de São Paulo e depois seguem de trem até o porto de Santos. Dessa forma, a operação é toda tributada, principalmente pelo ISS – Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza.
O presidente da Associação de Cana da região de Campo Florido, Marcos Brunozzi, afirmou também que Uberaba tem quatro usinas na região que poderiam utilizar a rodovia para despachar os seus produtos pelo terminal da VLI. Fica claro que a finalização das obras de pavimentação vai baratear os fretes e facilitar o transporte por essas bandas.
Na última sexta feira, 22, os prefeitos de Campo Florido, Pirajuba, Planura e Veríssimo marcaram um encontro no trecho que precisa de pavimentação para reivindicar a conclusão das obras, reforçando o quanto isso é essencial para o desenvolvimento de toda a região.
Investimentos à BR 101
Outro trecho que precisa de melhorias é a BR 101, que começa no Contorno Leste de Curitiba e vai até a região de Florianópolis. Na tarde de ontem, o grupo paritário do lote 7 da BR 101 Norte apresentou propostas de investimentos na ordem de R$ 3,1 bilhões para melhorias no trecho de 407,8 quilômetros da rodovia.
As propostas foram apresentadas à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e ao Fórum Parlamentar Catarinense durante uma reunião na tarde de ontem na sede da Fiesc e incluem 130 intervenções em todo o lote. Entre as principais, estão a construção de 21 quilômetros de terceira faixa, seis viadutos em marginais, três quilômetros de marginais e dois retornos em viaduto.
O engenheiro e consultor Newton Gava, que apresentou as propostas de investimentos, sugeriu que os recursos para as obras sejam captados por meio da transferência dos investimentos para o valor da tarifa, ou seja, com o aumento do pedágio nesses trechos. Isso pode ser feito com repasse direto do governo ou com obras executadas pelo DNIT.
Adaptado de NTC & Logística
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