Você sabia que usar combustível adulterado causa danos ao motor do veículo? Muitos caminhoneiros fazem questão de se programar para abastecer sempre no mesmo posto de confiança. Outros desconfiam dos preços baixos demais. Muita gente não sabe, mas outra opção é pedir um teste de qualidade do combustível no próprio posto, exigência que é direito do consumidor.
O fato é que encontrar postos vendendo combustível irregular não é raridade. Em 2016, a ANP registrou 123 postos com irregulares no diesel. E as fraudes também podem abranger outros combustíveis, como gasolina e etanol. Outro tipo de irregularidade cometida é a fraude da bomba baixa, quando a bomba não registra a quantidade correta de combustível que é colocada no carro.
Por isso, os testes de qualidade são a maneira mais segura de confirmar se um posto é de confiança ou não. A PROTESTE exigiu, de maneira anonima, testes de qualidade em 30 postos do Rio de Janeiro. Clique aqui e veja o resultado.
Existem vários tipos de testes que podem ser feitos. Hoje vamos falar do teste de proveta e o teste de vazão.
Teste de proveta
O teste é feito em provetas de 100ml e nesse caso, se usa a gasolina. Coloca-se 50ml de gasolina e 50ml de água na mesma proveta, depois sacode-se o tubo a fim de misturar os líquidos. A gasolina comum ou aditivada possui em sua composição um percentual de álcool anidro.
Durante o teste, o álcool anidro que a gasolina possui se une aos 50ml de água adicionados, separando-se do combustível. O volume da água irá aumentar por causa disso, mas não deve ultrapassar o teto de 64ml. Se a quantidade de água for maior do que 64 ml, a gasolina pode estar adulterada.
Teste de vazão
Para saber se a bomba está liberando a quantidade exata de combustível, seja qual for, é realizado o teste de vazão. Em um balde aferidor, coloca-se 20L do combustível direto da bomba.
A diferença máxima aceitável do valor registrado na bomba para o valor medido pelo balde é de 100ml para mais ou para menos. Acima dessa margem, a combustível ou o bico podem estar adulterados.
O combustível suspeito de adulteração deve ser encaminhado aos laboratórios credenciados junto à ANP para emissão de laudo definitivo, cabendo a possibilidade de suspensão imediata em caso de suspeita de irregularidades. As informações são do Procon MA.
Etanol
Se você utiliza etanol, verifique se está límpido, isento de impurezas e sem coloração alaranjada. A cor alaranjada pode ser sinal de irregularidade.
Confira, também, se é o etanol adequado para motores: seu teor alcoólico deve estar entre 95,1% e 96,6% em volume (92,5 % e 93,8 % em massa). Ou entre 97,1 % e 98,6 % em volume (95,5 % e 97,7 % em massa), no caso do produto “premium”. Se duvidar, solicite o teste de verificação do teor alcoólico.
Para entender como funciona a verificação do teor alcoólico do etanol e outros testes, clique aqui.
Direito do consumidor
O consumidor tem o direito de solicitar ao estabelecimento o teste de qualidade sempre que desconfiar da procedência do combustível, conforme Resolução da ANP 9, 07.03.2007. Por isso, não hesite em pedir pelo teste, mesmo que de início os funcionários do posto não pareçam dispostos a colaborar.
Caso os funcionários do posto se recusem a fazer o teste, você pode fazer uma denúncia à Agência Nacional de Petróleo, a ANP. É dever de todo posto de combustível ter um aviso sobre os direitos do consumidor quanto aos testes de qualidade.
Contate a ANP
Se você suspeitar de irregularidades, informe o ocorrido à ANP, pela internet ou pelo telefone 0800-970-0267. A ligação é gratuita.
Para registrar sua queixa, a ANP precisa do maior número de informações possível sobre o posto – como CNPJ, razão social, endereço e distribuidora. Para isso, é importante ter a nota fiscal.
Procure os Procons
- O consumidor que suspeita de irregularidade pode procurar o Procon do seu município ou estado, fornecendo endereço do estabelecimento suspeito, município e o relato do que aconteceu;
- Se o Procon não puder ir até o local na hora da queixa, poderá informar ao consumidor um e-mail para que ele envie documentos como nota fiscal e fotos, se existirem. A fiscalização pode ocorrer em outro momento.
As informações são do Gauchazh
Por Pietra Alcântara
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