Próximo do fim do ano, a produção de caminhões registrou a quarta queda consecutiva em 2025, com média mensal de 26%. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), apenas no acumulado de novembro, comparado ao mesmo período do ano anterior, a retração foi de 9,3%.
Já na produção de ônibus, o mês de novembro apresentou o menor volume desde dezembro de 2015, sendo considerado o pior resultado dos últimos 10 anos.
Comportamento do mercado de caminhões no penúltimo mês do ano
Apesar da leve recuperação de 0,5% que a Anfavea havia apontado no mês passado na produção de caminhões, o resultado não alterou o quadro geral e não deve fazer “cócegas” no encerramento do ano.
A queda na produção foi de 27,1% ao comparar novembro deste ano com o mesmo mês do ano passado. Em novembro, a indústria produziu 9,6 mil caminhões; já em novembro de 2024, foram 13,2 mil.
Nas vendas, a queda chegou a 12,3% na comparação entre novembro de 2025 e o mesmo período do ano anterior. O mercado emplacou 8,9 mil unidades no mês passado, contra 10,2 mil no penúltimo mês de 2024.
As exportações, por outro lado, tiveram resultado positivo de 8,8%. No mês passado, foram entregues 2,1 mil caminhões a outros países, ante 2 mil unidades exportadas em novembro de 2024.
Acumulado de caminhões até o momento
Com o quarto mês consecutivo de queda na produção, o acumulado de janeiro a novembro aponta retração de 9,3%. Nesse período, foram produzidos 118,4 mil veículos, contra 130,6 mil registrados no mesmo intervalo do ano passado.
Nos emplacamentos, a queda foi de 8,7%, com 103,7 mil veículos vendidos até agora, ante 113,5 mil no mesmo período de 2024.
As exportações ficaram positivas em 65% nesse acumulado: 26,1 mil unidades foram enviadas para outros países desde o início do ano, comparadas às 15,8 mil exportadas de janeiro a novembro de 2024.
Ônibus: queda na produção impactou o mercado
A produção de ônibus também não apresentou bom desempenho, encerrando novembro com queda de 45,7% na comparação entre 2024 e 2025. Foram produzidas 1.326 unidades no mês passado, frente a 2.444 em novembro de 2024.
Nos emplacamentos, porém, o setor registrou alta de 18%. As vendas de ônibus somaram 2.203 unidades no mês passado, ante 1.867 no mesmo mês do ano anterior.
As exportações, por sua vez, caíram 36,8%. Em novembro, o setor exportou 398 veículos, enquanto em novembro de 2024 enviou 630 unidades ao exterior.
Acumulado de ônibus até o momento
O acumulado anual do setor de ônibus apresenta alta de 5,5%. Até agora, a produção atingiu 27.490 unidades, frente às 26.055 registradas no mesmo período do ano anterior.
As vendas no acumulado também ficaram positivas, com aumento de 8,2%: de janeiro a novembro, foram emplacados 21.863 ônibus, contra 20.203 no mesmo intervalo de 2024.
As exportações cresceram 37%, com 6.065 unidades enviadas ao exterior até o momento, ante 4.428 do acumulado de 2024.
Projeções de 2025 não devem ser atingidas
No início de cada ano, a Anfavea apresenta projeções baseadas nos resultados do ano anterior. Para 2025, a indústria não deve alcançar a meta de produção de pesados, estimada em 169,4 mil unidades, e não vê motivos para rever as previsões, já que falta apenas um mês para o fechamento do ano.
A Associação afirma que uma das justificativas para a queda na produção em novembro foi o número reduzido de dias úteis — quatro a menos —, fator considerado significativo para a indústria. Para o presidente da Anfavea, Igor Calvet, o segmento de pesados é o mais impactado pelos juros elevados e precisa de atenção especial para retornar a patamares normais e garantir a manutenção de empregos.
Segundo ele, duas medidas podem ajudar a recuperar o setor no próximo ano: o barateamento das linhas de crédito e a renovação de frota.
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Filha de caminhoneiro, recém-formada em jornalismo, resolveu usar a comunicação para manter a classe bem informada e, com isso, formar novas gerações de motoristas profissionais cada vez melhores para o futuro do país.