Nesta quinta-feira, 4, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) iniciou operação para garantir o retorno da normalidade em toda a região do Porto de Santos (SP). De acordo com o Ministério da Infraestrutura, o local é o único ponto de concentração de protestos de caminhoneiros.
Mesmo que manifestantes estejam nas imediações do porto, eles não estão impedindo o acesso de veículos. A informação é da Santos Port Authority (SPA), responsável pela gestão do porto. Os protestos na região acontecem desde o início da semana.
Segundo a PRF, um efetivo de 200 policiais opera na formação de um grande corredor de segurança, desde o acesso aos terminais até a subida da Serra do Mar. A operação conta com apoio da Polícia Militar (PM) de São Paulo, que auxilia no transporte local para as áreas externas do porto.
Paralisação de caminhoneiros afeta operação no Porto de Santos
Em nota emitida à imprensa pela manhã, a PRF e a SPA informaram que às 11h, cerca de 80% dos navios atracados operavam sem qualquer restrição. No entanto, os demais 20% trabalham com restrições. De acordo com a PRF, isso se dá “em razão da cautela por parte de transportadores e embarcadores no acesso ao porto diante do temor de represálias”.
Desde segunda, policiais tem identificado eventos isolados de vandalismo no acesso ao Porto de Santos como forma de intimidação da classe dos caminhoneiros. Por isso, a PM-SP tem oferecido escolta para comboios de caminhões que acessam ou regressam dos terminais.
Lideranças de caminhoneiros dizem que greve está sendo positiva
Apesar da baixa adesão de caminhoneiros em protestos presenciais, lideranças de caminhoneiros avaliam que a greve da categoria está sendo positiva. Isso porque, segundo eles, parte dos caminhoneiros autônomos estariam em casa.
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De acordo com Wallace Landim, presidente da Abrava (Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores), haviam poucos caminhões circulando na Rodovia Anhanguera, em São Paulo, na tarde dessa quarta-feira. Ele alegou que o fluxo de cargueiros estava “muito baixo” e os que estavam rodando eram caminhões de frota.
Assim também diz o diretor da CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística), Carlos Litti. Segundo ele, na BR-285, segundo maior entroncamento do Rio Grande do Sul, o movimento de caminhões estava “muito reduzido” para o horário às 19h de ontem.
No entanto, a Federação dos Caminhoneiros Autônomos do Rio Grande do Sul (Fecam-RS), emitiu uma nota de esclarecimento se posicionando contra a greve. No texto, a entidade “não recomenda a participação nesse movimento por ter da categoria o não reconhecimento da pauta nem das lideranças que conduzem”.
Em comunicado, lideranças da Abrava, CNTTL e CNRTC (Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas) reforçam para que caminhoneiros autônomos continuem aderindo às paralisações em suas regiões.
Locais de protestos
Desde o início do movimento de greve, o Ministério da Infraestrutura registrou protestos de caminhoneiros no Porto de Santos e Capuaba (ES); nas BRs 116 (CE), 101 (RJ) e 153 (GO); e em Ijuí (RS) e Pindamonhangaba (SP).
Haviam protestos também em Barra Mansa, na BR-116, no Rio de Janeiro, mas o Ministério informou o fim da mobilização na data de hoje.
A CNTTL também registrou caminhoneiros que aderiram à paralisação no Porto de Salvador (BA), em Volta Redonda (RJ), São José dos Pinhais (PR) e Rio Verde (GO).
Por Wellington Nascimento
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