Muitos estradeiros têm perguntado quem é o motorista que ganha R$ 16 mil por mês. Outros duvidam até que esse caminhoneiro exista. É difícil acreditar, mas ele existe. A grande curiosidade é: o que ele faz para receber esse valor e o que o diferencia dos demais?
No 1º Fórum Pé na Estrada, a falta de motoristas levantou várias pautas, entre elas: como valorizar o profissional, como atrair novos motoristas e como reter os que já estão, além de outros temas. No entanto, entre tantas demandas do dia a dia para que o motorista se sinta valorizado, uma pesa mais: o salário.
Quem é o motorista que ganha 16 mil reais?
Todos sabem que há dificuldades em qualquer profissão. Mas o que mantém o profissional na estrada é o salário e, quando não é isso, é a paixão. Porém, a paixão não dura muito se não for suficiente para pagar as contas.
Esse é o grande impasse do caminhoneiro: enfrentar tantas dificuldades na estrada, nos embarcadores e nos pontos de descarga, ser malvisto por parte da sociedade e ainda receber pouco. O que o mantém é, muitas vezes, o amor pelo caminhão.
As transportadoras já entenderam que precisam melhorar essas condições e pressionar embarcadores e o governo para olhar também por essa categoria. Porém, conquistar um salário digno ainda é o maior desafio.
Isso porque o dinheiro do frete vem do dono da carga, passa pela transportadora que realiza a operação e, só então, chega ao motorista, responsável por fazer todo o movimento da logística.
O Programa já destacou diversas vezes que a comissão não é o melhor caminho. Alguns motoristas até conseguem grandes ganhos no sistema comissionado, mas é uma estrada muito dura de percorrer: exige esforço extremo do profissional e do próprio caminhão.
Diante desse cenário, a pergunta continua: quem é e como faz o caminhoneiro que recebe R$ 16 mil por mês líquidos? O Pé na Estrada encontrou esse “motorista diamante”, como é chamado dentro da empresa, um verdadeiro profissional de ponta.
Motorista exemplo é motorista bem pago
O motorista exemplo e, claro, bem pago, é aquele que entrega resultados. Ele sabe seu valor, se porta com profissionalismo, não causa acidentes, transporta a carga com segurança e cuida bem da sua ferramenta de trabalho: o caminhão.
Esse caminhoneiro altamente valorizado foi encontrado na Braspress. Lá, não é apenas o salário que atrai, mas também as condições de trabalho e o respeito que recebe dentro e fora da empresa.
O que ele faz? Entrega métricas, ou seja, trabalha com telemetria e bons resultados. Segundo o presidente da Braspress, Urubatan Helou, esse motorista não cuida apenas do caminhão, mas também da carga, da direção e da própria saúde.
As métricas, que são parâmetros da operação, mostram esse profissional evitou freadas bruscas, ultrapassagens perigosas, arranques fortes ou manobras de risco.
Com base nesses dados, a empresa faz um ranqueamento de motoristas em categorias: bronze, prata, ouro e diamante — sendo esta última a que recebe os maiores salários.
“É através da telemetria, dessas métricas, que começamos a ranquear os motoristas. Mas, antes do ranqueamento, estabelecemos um plano de carreira. Ele começa no pátio, passa para a distribuição urbana, depois para carreta e pode chegar até ao bitrem”, explica Helou.
Segundo a companhia, esse método funciona como uma graduação. O motorista diamante seria, nessa lógica, o “doutorado” do mundo dos caminhoneiros.
Esse plano interno faz com que os colaboradores tenham perspectiva de crescimento dentro da empresa. Além disso, a Braspress se torna fonte de desejo para outros motoristas que querem ingressar.
Um pouco da história do motorista Diamante
O motorista diamante, eleito pela companhia por dois anos consecutivos, é Luís Marcelo Pagliuso, 55 anos, de São Paulo, capital. Veterano no transporte, ele estreou na Braspress, onde está há mais de 27 anos.
Sua história começou pela curiosidade em compreender o funcionamento dos veículos automotores. A oportunidade de ingressar na área veio em uma das experiências profissionais, quando atuou como mecânico de motores a diesel. Depois disso, ganhou experiência como manobrista, movimentando veículos e realizando pequenas viagens de garagem a garagem.
Pagliuso relata que sempre buscou ser o melhor no que fazia. O patamar que alcançou, segundo ele, é fruto de esforço, seriedade e comprometimento. Ao longo da carreira, participou de treinamentos para se aperfeiçoar como profissional e, pouco a pouco, galgou nível a nível até chegar — e se manter — como motorista diamante.
“Além da minha dedicação natural pela profissão, a Braspress nos proporciona treinamentos para o nosso aperfeiçoamento com instrutores e simuladores de direção, nos quais eu sempre busquei aproveitar ao máximo. Creio que tenha levado cerca de dois anos para conquistar essa marca.”
Ele conta que enfrentou alguns desafios, como a adaptação da rota e da frota fixas, mas ressalta que cabe ao motorista compreender sua importância e a cultura da empresa, que preza pela execução correta do trabalho.
Pagliuso finaliza recomendando que outros motoristas, para alcançar esse nível, tenham paciência, invistam em capacitação profissional, mantenham foco e, sobretudo, façam sempre o melhor com senso de dono.

Como ser valorizado?
A Braspress é um exemplo de companhia que consegue valorizar seus profissionais. Existem outras empresas no mercado que também pagam bem, mas todas exigem motoristas de alto nível.
Ser um bom motorista significa se qualificar, assim como em qualquer profissão. Isso leva tempo e investimento, mas uma coisa é certa: o motorista valorizado não é apenas aquele que sabe dirigir, ele precisa entregar muito mais.
E você? Conhece algum motorista que já chegou a ganhar R$ 16 mil por mês? Conte pra gente nos comentários!
Veja também: Falta de motoristas: exigências de embarcadores entram na conta?

Filha de caminhoneiro, recém-formada em jornalismo, resolveu usar a comunicação para manter a classe bem informada e, com isso, formar novas gerações de motoristas profissionais cada vez melhores para o futuro do país.
Isso e mentira, eu trabalhei 6 anos na Braspress e o salário base era 4350 ,esse negócio de telemetria era paga em 3 em 3 meses nas graduação diamante 2000 ,ouro 1000 , Prata 800 e bronse 600 reais isso em 3 em 3 meses , no final do ano se tivesse um bom ranking aí sim ganha uma premiação boa mas só no final do ano , esse negócio de 16mil e a maior mentira, só acredita quem e inocente.
Também não acredito , a Braspress e nenhuma outra empresa paga esse valor p CLT , nem na comissão paga tudo isso, no Rodotrem chega a no Max 12 mil isso na comissão p, trabalho na câmara fria e o pagamento é 6,5 fora as diárias