O Rio de Janeiro assumiu a liderança em prejuízos causados por roubos de cargas no Brasil entre julho e setembro de 2024, ultrapassando São Paulo, até então o estado com maior índice de sinistralidade.
Rio supera São Paulo em prejuízos com roubo de cargas
Os dados são do relatório de “Análise de Roubo de Cargas” da nstech, empresa de software para supply chain.
O Rio representou 45,8% do total de prejuízos no período, um salto em relação aos 12,7% registrados no mesmo trimestre de 2023.
Veja as cargas mais visadas do Brasil
Os carregamentos mais visados no Rio de Janeiro foram cargas fracionadas (60,4%), produtos de higiene e limpeza (19,1%) e alimentos (13,1%).
Os municípios mais críticos foram a capital fluminense, responsável por 59% dos casos, seguida por Paracambi (11%) e Japeri (9,2%).
Sudeste concentra quase 90% dos prejuízos
A região Sudeste segue como epicentro dos roubos de cargas no Brasil, acumulando 89,5% dos prejuízos no terceiro trimestre de 2024, contra 83,6% no mesmo período de 2023.
Logo, São Paulo e Minas Gerais apresentaram redução na incidência
Por isso, São Paulo caiu de 42,1% para 36,6%, enquanto Minas Gerais registrou um declínio ainda mais acentuado, de 26,7% para 7,1%.
Cargas fracionadas lideram a lista de alvos preferidos
Em todo o país, as cargas fracionadas continuam sendo o principal alvo das quadrilhas, representando 56,3% dos prejuízos no terceiro trimestre de 2024, em comparação com 53,1% no mesmo período do ano anterior.
Gêneros alimentícios (22,3%) e produtos de higiene e limpeza também figuram entre os itens mais roubados.
Dias e horários mais vulneráveis
No Rio de Janeiro, as tardes foram os horários mais críticos (44%), seguidas pelas madrugadas (24,3%). Terça-feira (24,8%) e quarta-feira (23,8%) foram os dias de maior incidência de sinistros.
Já em São Paulo, 31,7% dos prejuízos ocorreram à noite, com segundas-feiras concentrando 44,5% dos casos.
Em Minas Gerais, as madrugadas responderam por 72,1% das ocorrências, especialmente às segundas e quartas-feiras.
Veja os trechos mais perigosos
No Rio, os trechos urbanos representaram 40% dos prejuízos. Em São Paulo, a SP-330 foi a rodovia mais afetada, com 40,4% das ocorrências. Em Minas Gerais, a BR-281 concentrou mais da metade dos roubos (52,1%).
Tecnologia aliada a segurança
Segundo Maurício Ferreira, Vice-Presidente de Inteligência de Mercado da nstech, o aumento dos roubos de carga exige que as empresas do setor logístico invistam mais em tecnologias para rastreamento, segurança e otimização das operações.
O estudo destaca a importância de estratégias proativas para combater os roubos e proteger o transporte de mercadorias, especialmente nas regiões mais vulneráveis.
A 3S Tecnologia, por exemplo, empresa que oferece blindagem e telemetria avançada, entende que a blindagem de veículos pesados atende à crescente demanda por soluções no transporte de valor.
Crescimento e novos horizontes
Com uma base de mais de 3 mil clientes empresariais e 45 representantes diretos, a 3S Tecnologia vê oportunidade para expandir sua atuação no mercado nacional.
A integração das operações promete um pacote completo de rastreamento, monitoramento e proteção de veículos pesados.
A sinergia entre as duas empresas reforça o compromisso da 3S em entregar soluções inovadoras e robustas, acompanhando as necessidades de um mercado cada vez mais exigente em segurança e eficiência.
Roubo de vans e furgões também cresce 40,6%
O roubo e furto de vans, furgões e VUCs subiram 40,6% no 3º trimestre de 2024, comparado ao mesmo período de 2023, enquanto ocorrências com veículos pesados tiveram leve alta de 0,9%, segundo dados do Grupo Tracker.
A empresa mapeia e monitora áreas de desmanche para inibir as ações. “Com nossas ações proativas, dificultamos a atuação dos criminosos e melhoramos os índices de recuperação dos bens”, destaca Airton Júnior, coordenador de Operações.
Entre as tecnologias inovadoras do grupo estão o GPS Móvel, um dispositivo compacto e de alta autonomia, e a Carreta Solar, que utiliza energia solar para monitorar carretas desacopladas em tempo real.
Jornalista especializado em veículos e apaixonado por motores desde criança. Começou a carreira em 2000, como repórter, nas revistas Carro e Motociclismo. Atuou por mais de 10 anos em assessorias de imprensa ligadas ao mundo motor. Foi editor do Portal WebMotors e repórter do Estado de S.Paulo. Hoje, trabalha com repórter e editor do Portal Pé na Estrada.