A produção de soja no Paraná atingiu 20,7 milhões de toneladas em 2020, volume recorde para o estado, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. A safra é responsável por manter o transporte de cargas do Paraná funcionando mesmo em época de coronavírus. As informações são da Gazeta do Povo.
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Para Péricles de Machado, dono de uma transportadora de grãos de Londrina, a safra colhida e negociada no verão está salvando o transporte rodoviário na região durante a pandemia. “A colheita já acabou, mas nós temos trabalho para todo o mês de maio e junho até escoar essa produção toda”, explica.
A colheita do grão já está finalizada, mas a movimentação da produção em direção aos portos e indústrias continua a pleno vapor, o que tem sido importante para manter o setor de transportes de cargas do Paraná em funcionamento durante a pandemia de coronavírus.
Segundo o Deral, até agora, 74% da produção está comercializada, um índice expressivo se comparado ao do ano passado, que era de 44%. Grande parte das negociações foi feita antes na pandemia, o que ajudou a manter o ramo em movimento agora.
Transporte de cargas na crise
Além dos produtos agrícolas, os transportes de produtos farmacêuticos e hospitalares, bem como os alimentícios em geral também conseguiram se manter estáveis durante a pandemia, segundo a Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar).
Para o presidente da entidade, Sérgio Malucelli, estes são os ramos que devem seguir com trabalho normal no momento de crise. “Alimentos e medicamentos têm demanda constante; a safra também não para. Ao fim da safra atual, teremos a safrinha do milho e do trigo, que, embora não sejam tão expressivas quanto a da soja, devem manter o ramo entre julho e dezembro”, afirma.
Ao contrário de outros ramos do transporte, como o automobilístico, que chegaram a ter 75% de redução na receita desde o início da pandemia, Péricles Machado afirma que está com 100% da frota rodando.
Com empresa com sede em Londrina e filiais em sete estados do Brasil, o empresário afirma que não apenas manteve todos os funcionários, como contratou mais nos últimos meses, chegando ao quadro de 320 trabalhadores na empresa. “Tivemos que fazer algumas adaptações nos escritórios por conta do coronavírus, para evitar aglomerações. Mas mantivemos todo mundo trabalhando, sem redução de salário”, declara.
Adaptado de Gazeta do Povo