O mercado brasileiro de caminhões foi positivo nos primeiros sete meses de 2024. Segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a produção acelerou. Dados da Fenabrave mostram que julho foi o melhor mês do ano para emplacamentos de veículos até o momento. Com isso, houve crescimento de 4,9% sobre junho, total de 419.829 unidades. Já a venda de caminhão em 2024 ultrapassou 66 mil unidades.
No acumulado, foram vendidos nos primeiros sete meses 66.532 veículos, quantidade 13,88% superior que no ano passado.
Saiba se o consórcio é uma boa para o próximo caminhão
Se o mercado de vendas e de produção está andando bem, a de comercialização de consórcios também segue otimista.
Conforme a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio (ABAC), o consórcio para veículos pesados (caminhões, ônibus, semirreboques, tratores e implementos), entre os meses de janeiro e maio, registrou um crescimento de 29,7% no volume de crédito disponibilizados, em comparação com o mesmo período de 2023.
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O levantamento também mostra que a modalidade de veículos, de forma geral (que engloba leves, pesados e motos), apresentou alta de 3,9% na venda de novas cotas no mesmo período.
O que dizem os executivos sobre os consórcios
O Diretor Executivo do Consórcio Nacional Bancorbrás, José Climério Silva Souza, explica que o consórcio é uma boa opção para empresas que buscam renovar suas frotas de caminhões.
A modalidade permite que os empresários adquiram o bem sem a incidência de taxas de juros. “Além disso, a modalidade oferece a possibilidade do cliente escolher o plano que melhor se encaixa no seu orçamento, sem comprometer o planejamento financeiro”, afirma.
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Dentro da modalidade, os consorciados podem ser contemplados nos sorteios mensais e, também, por meio de oferta de lances livres e fixos, podendo ainda utilizar o lance embutido, como uma forma de potencializar a oferta sem se descapitalizar, já que o valor ofertado é descontado da própria carta de crédito. “O consórcio é uma oportunidade para acesso a crédito com mais vantagens e menos burocracia”, comenta José Climério.
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Fabio Augusto de Souza, CEO do Grupo Disal, comemora mais um recorde de vendas em créditos de consórcio. No primeiro semestre de 2024, a empresa apresentou um crescimento de 14% em relação ao mesmo período do ano passado.
“Nesse primeiro semestre, superamos nossas metas por uma razão: nosso foco não está em vender mais, mas em vender melhor. Reduzimos os cancelamentos, melhoramos a experiência do cliente através de nossas plataformas digitais e vamos investir fortemente para entregar veículos e, através das entregas bem-sucedidas, fazer mais vendas”, destaca o executivo.
Fazer consórcio ou não, eis a questão
De qualquer forma, é importante o caminhoneiro ou frotista avaliar se o produto é uma boa ou não.
O consórcio é positivo, por exemplo, diante das altas taxa de juros praticadas por bancos e financeiras. O modelo de investimento, na verdade, tem uma taxa de administração, que é por volta de 15% durante todo o plano, que dura, em média, 80 meses.
Antes de fechar o negócio é importante saber:
Liberdade de escolha: No consórcio, você tem a liberdade de comprar o bem ou serviço que desejar, desde que pertença à mesma categoria do bem contratado.
Valores e atualizações: A atualização das parcelas do consórcio ocorre mesmo após a contemplação e utilização do crédito vigente na data da contemplação. Isso garante o poder de compra dos participantes do grupo durante todo o contrato.
Contemplação e atualização: Após a contemplação, o crédito deixa de ser atualizado conforme os critérios contratuais e passa a render em aplicações financeiras. Essas aplicações são definidas pelos participantes na primeira Assembleia Geral Ordinária e registradas na ata de abertura do grupo.
Para não perder o investimento: No caso de atraso no pagamento das parcelas do consórcio, se você ainda não foi contemplado, o consumidor fica proibido de participar dos sorteios. Se foi contemplado, mas não utilizou o crédito, a contemplação não será efetivada. Se já utilizou o crédito, a administradora pode executar garantias e retomar o bem.
Para resolver esse tipo de situação acontecer o consorciado pode fazer um acordo. Se não conseguir, considere escolher um bem de menor valor ou transferir a cota.
Por redação do Pé na Estrada
Jornalista especializado em veículos e apaixonado por motores desde criança. Começou a carreira em 2000, como repórter, nas revistas Carro e Motociclismo. Atuou por mais de 10 anos em assessorias de imprensa ligadas ao mundo motor. Foi editor do Portal WebMotors e repórter do Estado de S.Paulo. Hoje, trabalha com repórter e editor do Portal Pé na Estrada.