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O DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), por meio da DPP (Diretoria de Planejamento e Pesquisa), está trazendo ao Brasil uma tecnologia exclusiva de serviço técnico especializado para caracterização do asfalto de rodovias. Trata-se da metodologia Intelligent Pavement Assessment Vehicle – iPAVe, com veículo TSD - o primeiro sistema de avaliação de condição de superfície e subsuperfície totalmente integrado. O sistema pretende fornecer dados funcionais e estruturais na velocidade operacional da via. Atualmente, a análise da condição estrutural é feita por dispositivos estacionários ou em movimento lento, o que pode gerar situações perigosas no tráfego. O funcionamento do iPAVe Com o iPAVe, os dados de deflectometria (tipo de análise do relevo de superfícies) são obtidos de forma contínua, aumentando de forma substancial o nível de informação e, consequentemente, a capacidade de entender com mais precisão a condição do pavimento. O componente chave do iPAVe é o Traffic Speed Deflectometer -TSD, equipamento capaz de escanear a capacidade de carga de uma rede rodoviária em velocidade de tráfego, minimizando, desta forma, o uso dos equipamentos tradicionais estacionários ou de baixa velocidade, aumentando a produtividade e diminuindo os riscos de acidentes. O TSD possui feixes de lasers Doplers que permitem obter a velocidade da deflexão do pavimento, oportunizando obter a curvatura gerada pelo eixo do veículo. O veículo, de origem australiana, já se encontra no Brasil no pátio da alfândega de Santos, aguardando o término da montagem de equipamentos para realizar o levantamento de 13 mil quilômetros de rodovias federais, sob a jurisdição do DNIT. Com isso, a autarquia poderá obter uma representativa amostra em diferentes climas e condições geológicas para comparar com informações já existentes no banco de dados do órgão. Como o DNIT realiza as avaliações atualmente? Divulgação: DNIT No momento, o DNIT realiza seus levantamentos com equipamentos especiais em ambiente sujeito a condições adversas, com a utilização do Veículo de Diagnósticos de Rodovias – VDR, capazes de obter o IRI, o Registro em Vídeo e o Levantamento Visual Contínuo de Defeitos, LVC. O IRI, mede as irregularidades do pavimento, que causam desconforto aos motoristas; o Registro em Vídeo, documenta a situação de uma rodovia em momento específico do tempo. Uma das finalidades deste registro é o cadastro de defeitos do pavimento, realizado pelo Levantamento Visual Contínuo. Já o equipamento utilizado para avaliação estrutural do pavimento é o FWD -falling weight deflectometer. Para fins de planejamento, as leituras são realizadas a cada 200 m, alternados, e a leitura é feita com o carro parado na rodovia, o que exige uma série de ações de segurança, tais como a adoção de veículos batedores e sinalização ostensiva. Onde o iPAVe será utilizado inicialmente? Além dos dados levantados pela tecnologia, haverá apresentações do veículo TSD em 7 cidades, de diferentes estados. As apresentações terão início em Cruz das Almas, no estado da Bahia, em seguida, Recife, Fortaleza, Teresina, Paraíso do Tocantins, no estado do Tocantins, Brasília e Juiz de Fora. Divulgação: DNIT Em breve, o DNIT irá divulgar as datas das apresentações e o cronograma completo de levantamentos do veículo. As atuais condições de pavimento nas rodovias De acordo com a Pesquisa CNT de Rodovias 2022, foram avaliados 110.333 quilômetros de vias durante a avaliação. Ao todo, Avaliando os resultados, o Pavimento das rodovias avaliadas apresenta algum tipo de problema em 55,5% (61.311 quilômetros) da extensão total, sendo que 31,1% (34.358 quilômetros) encontram-se em estado Regular; 18,6% (20.569 quilômetros), Ruim; e 5,8% (6.384 quilômetros), Péssimo. Em 32.857 quilômetros (29,8%), o Pavimento foi classificado como Ótimo e, em 16.165 quilômetros (14,7%), como Bom. Divulgação: CNT Questionamos o DNIT sobre a qualidade das rodovias e quais são os planos do novo governo para os próximos meses. Em nota, o Departamento afirma que a prioridade é retomar as obras paradas por faltas de recursos, analisar os contratos dos 15 mil quilômetros de rodovias concedidas e ampliar a participação do setor privado. O Órgão ainda nos respondeu que na próxima quinzena, será apresentado o plano de ação que irá guiar as ações da pasta para os próximos 100 dias, além de trazer propostas de fortalecimento da pronta resposta a emergências e problemas causados pelo excesso de chuvas. Já o Ministério dos Transportes vem avaliando maneiras de atrair recursos privados para a expansão das malhas rodoviárias no Brasil. Veja Também: ANTT pede sugestões para fiscalização e penalidades em contratos de concessão rodoviária Por Daniel Santana com informações do DNIT e da Pesquisa CNT de Rodovias 2022

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