sexta-feira, novembro 22, 2024

Uma homenagem ao bicudo Mercedes-Benz que fez história e deixa saudades

MercadoUma homenagem ao bicudo Mercedes-Benz que fez história e deixa saudades

Quem aí nunca teve o sonho de dirigir um caminhão bicudo Mercedes-Benz? Por 31 anos esse caminhão foi o xodó da turma do trecho. Ainda mais depois que o Atron se tornou o único bicudinho no mercado brasileiro. Agora, também chegou a hora de ele dar tchau, mas sem nunca sair de nossas memórias, afinal, todo mundo tem uma história pra contar, seja no seu bicudo, seja no de um amigo ou de alguém que você encontrou pelo caminho.

Douglas Oliani com seu MB LS
Douglas Oliani – Me flagraram subindo a serra do 90 aqui. Pista simples ainda.

Douglas Oliani – “Me flagraram subindo a serra do 90 aqui. Pista simples ainda.”

História para se recordar

O ano é 1989 e os caminhões bicudos são maioria nas estradas brasileiras. Nasce nesse ano um caminhão que trouxe um grande salto em conforto, qualidade e eficiência para o mercado de médios e semipesados, a linha L, com os médios L 1214 e L 1218 e os semipesados L 1414, L 1418 e L 1618. Lembra deles? O sucesso foi tanto que no ano seguinte já chegaram os extrapesados LS 1935 e LS 1941.

Guilherme e sua 1934 1989
Guilherme e sua 1934 1989

“Essa foto foi começo de julho deste ano. Eu estava em Campo Grande MS. O caminhão e a carreta são meus e faz 6 anos que o tenho. Tá bem conservado, mecânica original, ele é um MB 1934 LS ano 1989.” Guilherme Picelli – QRA Sabiá – Americana/SP

Com o passar dos anos, o bicudo foi crescendo mais e mais e se tornando não só parte da história do transporte, como também parte da história de muitos estradeiros e suas famílias.

Toda a família no bicudo MB
Família do Caio Stolfa reunida
“Meu pai era o motorista (ele não está na foto). Devia ser algum almoço de domingo na casa dos meus avós, toda a família reunida, na foto aparece meus avós, eu e meus primos, provavelmente meu pai ia sair pra iniciar mais uma semana e aproveitamos para tirar a foto”  Caio Stolfa

 

 

 

Cassio e o filho em seu MB bicudo
Cassio e o filho

“Eu e o Arthur com o nosso L1318 em Bauru em 2011” – Cassio Diniz Gomes, que também é pai do Theo, que aparece na foto da esquerda da capa desta matéria

A legislação e a queda dos bicudos

Nos Estados Unidos, onde as cabines são enormes e a maior parte dos caminhões ainda é com motor lá na frente, a legislação considera apenas o tamanho do implemento. Sendo assim, a cabine pode ter qualquer tamanho.

Já no Brasil, assim como na Europa, a medição é feita no conjunto. A Resolução 12/98 do CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito), determinou que o comprimento total de um veículo simples deve ser de, no máximo, 14m. Já um articulado com reboque não pode passar de 19,8m. Ou seja, quanto maior for a cabine, menor será a plataforma de carga.

Com o passar dos anos e a pressão crescente por produtividade no setor, os bicudos foram perdendo espaço aos pouquinhos para os cara-chata. Exceto o Atron!

Carlos Henrique e o pai na romaria com o bicudo MB
Carlos Henrique e o pai na romaria com o bicudo MB

“Eu e meu Pai na Romaria dos caminhoneiros a Aparecida do Norte” – Carlos Henrique

O último representante de uma classe

E foi assim, com sua cabine semiavançada cheia de tecnologia, que o bicudo da Mercedes-Benz seguiu firme, tornando-se o único bicudo ainda disponível no mercado brasileiro.

Em 2012 ele incorporou os nomes fortes com A das famílias Mercedes-Benz e passou a se chamar Atron. O sucesso seguiu forte. Desde então, foram mais de 4.200 unidades emplacadas do Atron 1635. A maior parte para aplicação basculante, graneleiro, prancha e tanque.

Márcio e o filho em frente a um bicudo MB
Márcio e o filho

“Eu e meu Filho Davi Antônio” – Márcio Rodrigues

Saindo da linha de montagem para entrar na história

E depois de 31 anos revolucionando conforto, qualidade e força e fazendo parte da vida de tantas famílias brasileiras, chegou a hora do Atron sair de cena e dar lugar aos irmãos mais novos.

Osmar e o filho em 1996
Osmar e o filho em 1996
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“1935 Ano de 1996. Eu trabalhava no grupo Gerdau. DIVINÓPOLIS/MG. Eu e meu filho Leonardo Diniz” – Osmar Diniz

 

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Só que da nossa memória ele não sai nunca, por isso mesmo a Mercedes-Benz convida a todos que tiveram um bicudinho em suas vidas a compartilhar essa lembrança. Poste a sua foto com o Atron nas redes sociais com a #OcaminhaoQueFezHistoria e mostre como esse caminhão marcou a sua vida.

Toda a família Freitas reunida
Toda a família Freitas reunida na cabine do bicudo Mercedes-Benz – as duas crianças também estão na foto central e da direita da capa desta matéria

A Mercedes-Benz vai reunir todas as lembranças no site www.ocaminhaoquefezhistoria.com.br, e guardar para sempre esses bons momentos com um dos caminhões mais queridos do Brasil.

Marcio Polidoro e seu bruto carregado
Marcio e seu bicudo em 2012

“Essa foto foi em Bela vista de Goiás em 2012,carregado de suplemento animal!!!” – Márcio Polidoro

Por Paula Toco para Mercedes-Benz

Jornalista Paula Toco sentada em banco do motorista de caminhão pesado

Jornalista especializada em transporte comercial há mais de 15 anos.
Repórter do programa Pé na Estrada na TV (hoje no SBT) e coapresentadora do programa no Rádio (hoje na Massa FM). Mais de 300 mil seguidores nas redes sociais (Instagram + Tik Tok) onde fala de segurança e legislação de trânsito. Autora do livro “E se eles sumirem?” e palestrante de segurança no trânsito.

3 COMENTÁRIOS

  1. Já dirigi vários bicudos também sendo truck 1418 ,1618, 1621 mosca branca 1620, 1935 foi um bom caminhão principalmente as 1935 1997 chassis preto, hoje trabalho com um ATRON 1719 no puxa de MDF na empresa madeiranit de São José do Rio Preto sp

  2. É um caminhão que parou no tempo, era para ser mais confortável ter um melhor amortecimento na cabine e não o que tem hj que o usado ainda na 1113, ter um volante com ajuste , um retrovisor com o espelho auxiliar , um banco com ajuste de altura e encosto para o motorista esse banco que vem nele não oferece isso somente o amortecimento a ar.
    Eu acho que ao longo do tempo que foi produzido acompanhar as tecnologias desenvolvidas nesse período talvez não tinha saído do mercado.
    Falo pq trabalho em um , faço corre do minério depois do expediente venho para casa.
    Não é um caminhão para longas viagens pq é muito cansativo,sem conforto ,câmbio manual ainda.
    Se tivesse mais conforto seria um belo caminhão.

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