O fato das rodovias brasileiras apresentarem buracos, fissuras e rachaduras não é novidade. Na semana passada a CNT publicou um estudo aprofundado sobre o assunto, apontando algumas das razões para a pavimentação das rodovias do país não durarem muito – para saber mais sobre o assunto, clique aqui e leia a matéria. O estudo concluiu que existem falhas no gerenciamento de obras nas rodovias, além de falhas na fiscalização e na manutenção das estradas. Confira uma lista sobre esses e outros motivos que contribuem para a durabilidade ruim das estradas no Brasil.
Baseando-se nos resultados colhidos pela CNT, listamos alguns dos motivos que fazem a pavimentação das rodovias brasileiras durarem tão pouco. Eles são:
1. Recursos insuficientes para obras de construção, fiscalização e manutenção de rodovias;
2. Problemas na manutenção preventiva dos pavimentos;
3. Ausência de uma política de gerenciamento dos pavimentos e de planejamento de manutenção. O Sistema de Gerência de Pavimentos precisa de dados atualizados e confiáveis para que isso aconteça;
4. Gastos excessivos com correções, consequência da má execução de obras, que chegam a até 24% do valor da obra, além de falhas técnicas na execução e ausência de controle de qualidade de matérias-primas;
5. Deficiências na contratação de serviços de manutenção. Quase 30% das rodovias federais não estão cobertas por contratos de manutenção;
6. Uso de métodos e técnicas ultrapassados na construção de rodovias. Adotado na década de 1960, o método de dimensionamento usado no Brasil apresenta um atraso de 40 anos, em média, em relação a outros países. Um dos fatores que mais impactam o comportamento dos materiais do pavimento é o clima, principalmente as variações de temperatura e umidade. O método usado no Brasil não considera diferenças climáticas de cada região do país;
7. Problemas no controle e na fiscalização de obras de construção de rodovias. Até 2013, o Dnit não tinha parâmetros técnicos para recebimento das obras concluídas;
8. Falta de fiscalização e controle de pesagem nas rodovias. Há poucos postos de pesagem para fiscalização e falta de investimento na conscientização dos estradeiros sobre os impactos do sobrepeso;
9. Ausência de políticas públicas efetivas e de longo prazo para o setor rodoviário. A falta de planejamento e a falta de recursos impedem o desenvolvimento do setor, que é responsável por mais de 60% do transporte de cargas e por mais de 90% do transporte de passageiros no país;
10. Setor rodoviário sobrecarregado por falta de uma política multimodal e integrada, que garanta o equilíbrio da matriz de transporte no Brasil.
E você, concorda com esses fatores apontados pela CNT? Na sua opinião, o que pode ser feito para que as condições das rodovias melhorem?
Se quiser ver o estudo na íntegra, clique aqui.
Adaptado de CNT
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