quarta-feira, abril 24, 2024

58,1% dos empregos no Brasil poderão ser substituídos por máquinas

Um estudo da consultoria IDados, obtido pelo Valor Econômico, afirma que 58,1% dos empregos no Brasil podem ser substituídos por máquinas nos próximos 10 a 20 anos. Isso equivale a 52,1 milhões de postos de trabalho. O transporte é uma das áreas que será mais afetada, segundo a pesquisa.

Assista ao vídeo: Caminhão autônomo – é o fim do caminhoneiro?

caminhao autonomo

Segundo o estudo, há 98% de probabilidade de automação das profissões de motorista de automóveis, táxis e caminhonetes serem automatizadas. A tarefa de conduzir veículos será cumprida por máquinas com os carros e caminhões autônomos.

Já os 58,1% citados no início da matéria são empregos classificados na faixa de “risco alto” (maior do que 70%) de serem exercidos de forma automatizada nas próximas décadas por tecnologias já existentes.

Os economistas costumam afirmar que a automação cresce desde a revolução industrial e nem por isso os empregos acabaram. “O tipo de trabalho muda, mas o trabalho não acaba”, afirma Bruno Ottoni, pesquisador do IDados.

Veja outro dados da pesquisa no gráfico:

 

Fatores

Os autores da pesquisa alertam que fatores políticos e econômicos podem impedir que o potencial de automação calculado no estudo seja totalmente realizado. Um fator econômico é o custo da mão de obra brasileira. “O salário no Brasil é relativamente baixo e isso pode tornar menos atraente para um empresário investir na substituição do empregado pelo trabalho da máquina”, afirma Ottoni, acrescentando que os custos de importação de equipamentos não são triviais.

O Brasil está um pouco “melhor” nesse ranking do que vizinhos como Paraguai e Argentina. Mas os países com indicadores próximos ao brasileiro são variados em termos de desenvolvimento, como Portugal, Mongólia e Chipre. “Os nossos indicadores mostram que existe uma relação negativa entre a proporção de empregos automatizáveis e o grau de desenvolvimento de cada país, considerando o produto interno bruto per capita”, afirma Ottoni.

 

Adaptado de Valor Econômico

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