Ranking dos mais vendidos mostra mudança no segmento nacional

MercadoRanking dos mais vendidos mostra mudança no segmento nacional

O mercado de caminhões brasileiro vive uma transformação curiosa em 2025. Enquanto o Volkswagen Delivery 11.180 conquista a liderança de vendas com sua versatilidade urbana, o tradicional Volvo FH 540 segue como referência no transporte rodoviário pesado.

Mas afinal, o que está separando esses dois gigantes em suas respectivas categorias?
O VW Delivery 11.180, por exemplo, é um caminhão médio, com capacidade de até 7,4 toneladas e PBT de 10.700 kg.

Desenvolvido no Brasil, o modelo usa motor de 175 cv e de 600 Nm, ideal para aplicações urbanas e intermunicipais.

Pequenos empreendedores, produtores rurais e empresas de energia são os principais compradores, dos modelos da VW. 

VW Delivery 11.180 é um caminhão médio com PTB de 10.700 kg

Volvo FH 540 continua reinando entre os caminhões pesados

Já o Volvo FH 540 é um caminhão pesado, voltado para o transporte de longa distância e cargas de alto volume. Ele usa motor de 540 cv e é projetado para o transporte de grãos, combustíveis e insumos industriais.

O Volvo é um dos preferidos dos grandes frotistas e operadores logísticos que buscam desempenho e confiabilidade nas estradas.

Mudança de cenário na categoria dos caminhões

A ascensão do Delivery 11.180 em 2025, inclusive superando o FH 540 em emplacamentos em alguns meses, se deve a uma mudança no perfil da frota.

No acumulado, de janeiro a setembro, por exemplo, o setor de caminhões contabilizou 81.843 unidades comercializadas, o que representa uma retração de 7,58% em relação ao mesmo intervalo de 2024, quando foram emplacados 88.553 caminhões.

Os segmentos de caminhões leves e médios foram os mais afetados, com quedas de 20,89% e 16,67%, respectivamente.

Especialistas apontam que o motivo da mudança é o encarecimento do crédito e a baixa atividade em setores como o da construção civil e de comércio local, afetando os pequenos empreendedores.

Além disso, a crescente adoção de vans e veículos urbanos de carga (VUCs) em áreas metropolitanas tem reduzido a demanda por caminhões leves.

Por outro lado, os semipesados apresentaram crescimento de 5,5% em relação ao ano anterior, sinalizando uma recuperação por modelos versáteis como o VW Constellation 17.210 e o Mercedes-Benz Atego 1719.

Caminhões pesados ainda lideram no volume de vendas

Os caminhões pesados, embora ainda liderem o mercado com 4.929 unidades vendidas em setembro, eles sofreram uma queda de 18,79% frente ao mesmo mês de 2024.

A retração é atribuída à menor renovação de frota por grandes transportadoras e ao desaquecimento de setores como o agronegócio e a indústria de transformação.

Tabela com dados comparativos por segmento mostra a mudança no cenário

Apesar do cenário desafiador, a Fenabrave mantém a projeção de encerrar o ano com cerca de 127.500 caminhões emplacados, número inferior ao registrado em 2024, mas ainda considerado estável diante das condições econômicas atuais.

Com o crédito mais caro e a desaceleração de investimentos em pesados, muitos negócios estão optando por modelos médios e multifuncionais, capazes de atender nichos específicos com menor custo operacional.

Modelos mais vendidos em setembro de 2025

  1. VW Delivery 11.180 – 595 unidades
  2. Volvo FH 540 – 510 unidades
  3. Volvo VM 290 – 382 unidades
  4. VW Constellation 17.210 – 326 unidades
  5. Mercedes-Benz Atego 1719 – 311 unidades

Modelos mais vendidos de 2025

  1. VW Delivery 11.180 – 4.951
  2. Volvo FH 540 – 3.930
  3. Volvo VM 290 – 3.337
  4. Mercedes Accelo 1017 – 2.871
  5. DAF/XF 530 – 2.677
  6. Volvo FH 460 – 2.630
  7. Volvo VM 360 – 2.414
  8. Mercedes Atego 1719 – 2.378
  9. VW 17.210 – 2.230
  10. VW 26.260 – 2.222
  11. Mercedes Atego 2429 – 2.180
  12. Scania R 460 – 2.025
  13. DAF/XF 480 – 1.775
  14. VW 31.320 – 1.634
  15. VW 9.180 – 1.578
  16. Volvo FH 500 – 1.505

Jornalista do Pé na Estrada, Rodrigo Samy

Jornalista especializado em veículos e apaixonado por motores desde criança. Começou a carreira em 2000, como repórter, nas revistas Carro e Motociclismo. Atuou por mais de 10 anos em assessorias de imprensa ligadas ao mundo motor. Foi editor do Portal WebMotors e repórter do Estado de S.Paulo. Hoje, trabalha como repórter e editor no Portal Pé na Estrada.

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