Os caminhões estão cada vez mais modernos, o que é ótimo para o motorista, que vem ganhando mais conforto e segurança com o passar do tempo. Existem até mesmo algumas tecnologias que são consideradas ultrapassadas em caminhões – já falamos disso por aqui. Mas sabemos que essas inovações podem chegar ainda mais longe: caminhões autônomos, motores elétricos, câmeras na cabine e muito mais. Hoje, vamos falar de 8 tecnologias que prometem ser o futuro dos caminhoneiros. Você sabe quais são elas?
Direção semi autônoma
A direção semi autônoma já está presente em muitos caminhões protótipos e projetos de diversas montadoras como Mercedes-Benz e Scania. Essa tecnologia provê assistência ao motorista, ou seja, ele continua sendo parte fundamental no funcionamento do caminhão. O caminhão ainda precisará do motorista, com a diferença que este poderá se concentrar em outras atividades enquanto o caminhão está no “piloto automático”. A direção semi autônoma visa diminuir a quantidade de acidentes e melhorar a segurança da carga e do próprio caminhoneiro, além de economia de combustível e outros benefícios.
Mesmo assim, muitos caminhoneiros ficam preocupados com a possibilidade dos caminhões do futuro não precisarem de motoristas e, dessa forma, acabarem com a profissão. O repórter Jaime Alves falou sobre isso em uma matéria para o Pé na Estrada e você pode assisti-la clicando aqui.
Eletrificação
Os caminhões elétricos já saíram do papel e se tornaram realidade. A empresa Corpus, que testa seu primeiro caminhão 100% elétrico – desenvolvido pela BYD – para coleta de lixo, já faz parte dessa realidade e é uma das primeiras a investir nessa tecnologia aqui no Brasil. Dentre as muitas diferenças entre um caminhão movido à combustível e o elétrico, as que mais se destacam são a ausência de barulho, já que o motor elétrico é bem mais silencioso, a direção que não necessita de embreagem e a eficiência do motor elétrico de 95% contra os motores movidos à combustível, que chegam a apenas 35%. Outro ponto muito importante é a emissão de gases poluentes, que é totalmente anulada nos veículos movidos a eletricidade. Quer saber mais sobre esse caminhão inovador? Assista a matéria completa – clique aqui.
Programação de tarefas
Em 2016, um software de formação de carga foi apresentado no Salão Internacional da Logística Integrada. O programa visa programar carregamento de cargas e mostra, em três dimensões, como deve ser a distribuição dos paletes, tudo isso na tela de um computador. Essa eficiência é capaz evitar erro de distribuição de peso e sobrecarga no eixo que, na estrada, pode resultar em multa, transtornos, perda de tempo e custos. O repórter Jaime Alves falou sobre isso em uma matéria para o nosso portal – clique aqui para saber mais. Outra tecnologia que promete chegar com os caminhões do futuro é o abastecimento programado.
Conectividade
A conectividade já vem sendo explorada pelas montadoras e empresas de transporte. Um veículo em movimento pode gerar milhares de informações, ao se desenvolverem tecnologias para utilizá-las, as possibilidades são infinitas, passando por segurança, logística e diminuição de custo.
Uma tecnologia relacionada a conectividade dos veículos é o escudo de proteção digital da Bosch. Ela foi projetada inicialmente para carros e motocicletas e permite que veículos dentro de um raio de centenas de metros troquem informações, até dez vezes por segundo, sobre os tipos os veículos, velocidade, posição e direção do percurso. Muito antes que os motoristas ou os sensores presentes nos veículos percebam a presença de uma motocicleta, a tecnologia informa a situação permitindo que ambos os usuários da rodovia (motoristas e motociclistas) adotem estratégias de condução mais defensivas. Para saber mais sobre essa tecnologia, clique aqui.
Já a Daimler possui um projeto piloto de caminhões que se conectam em comboio. Se tratam de três caminhões semiautônomos que andam em comboio através da conectividade. De acordo com um executivo da empresa, os caminhões da Daimler Trucks se conectam totalmente com seu meio ambiente, via Internet, enviando e recebendo informações continuamente. A empresa espera que esse tipo de caminhão consiga reduzir os tempos de espera enquanto ocorrem operações de carga e descarga do veículo, diminuir a burocracia e evitar congestionamentos. Como?
As viagens vazias, por exemplo, poderão ser diminuídas, fazendo com que o número de veículos reduza e melhorando o fluxo. Também, com a disponibilidade e intercâmbio de dados do trânsito em tempo real, os caminhões com sensores inteligentes evitarão colisões traseiras e poderão desviar de congestionamentos. Além disso, os tempos de paralisação dos veículos poderão ser reduzidos se o próprio caminhão reportar uma falha com suficiente antecedência e o pessoal de socorro puder agendar um serviço rapidamente. Clique aqui para saber mais.
Dupla embreagem
Essa tecnologia, que ainda não veio para o Brasil mas já foi lançada pelo mercado internacional, traz como principal vantagem a rapidez na troca de marchas, além de suavidade e um menor desgaste nos componentes do veículo, como o diferencial, reduzindo os custos de manutenção. Esse gerenciamento inteligente do câmbio de dupla embreagem permite até mesmo “pular” uma ou mais marchas, indo direto da terceira para a quinta numa descida, por exemplo, ou da quarta para segunda numa reduzida.
O sistema usa dois eixos de entrada de força e mantém sempre duas marchas engatadas simultaneamente. Assim, quando o veículo arranca em primeira marcha, por exemplo, a segunda já está pronta para entrar em ação e, assim que for selecionada basta que uma das embreagens seja liberada e a outra acoplada. Tudo isso acontece em frações de segundo, automaticamente. Segundo a Volvo, os benefícios do câmbio de dupla embreagem para caminhões são ainda maiores do que para os automóveis. Além de mais pesados, os caminhões exigem trocas frequentes de marchas para manterem a velocidade, principalmente em estradas com muitas subidas e descidas ou curvas acentuadas. Paula Toco falou sobre essa tecnologia aqui no Pé na Estrada – clique para saber mais.
Freio de emergência
O freio de emergência é um belo exemplo de como o avanço da tecnologia é capaz de aumentar a segurança do motorista e, assim, evitar acidentes. O sistema da Volvo funciona da seguinte forma: quando o caminhão de aproxima de outro veículo e não freia, o dispositivo é acionado e funciona em 4 epatas. A primeira é uma luz vermelha que reflete no pára-brisas do caminhão, alertando o motorista de que o perigo se aproxima. Depois, a luz pisca e o aparelho emite um alarme sonoro. Se mesmo assim o motorista não frear, o caminhão freia 50% de sua capacidade automaticamente. Se mesmo assim o estradeiro não frear, o próprio caminhão freia 100% e pára de rodar. Você pode assistir o freio de emergência em ação em um vídeo feito pela Paula Toco para o Pé na Estrada.
Câmeras na cabine
As câmeras dentro da cabine são mais um exemplo do avanço da tecnologia de segurança para os caminhões e motoristas. Sabemos que um caminhão possui muitos pontos cegos e a intenção dessas câmeras é justamente anulá-los. As imagens são exibidas em um painel, no caminhão e, quando o estradeiro dá seta, as câmeras automaticamente mudam, mostrando as imagens necessárias para que o motorista faça a curva com total visibilidade e segurança. Para ver essa tecnologia em ação, clique aqui e assista a reportagem.
Rodovias elétricas
Esse tipo de tecnologia já é realidade na Suécia, onde a Scania e outras empresas fizeram uma parceria com o governo testar o sistema. Essa pode ser uma alternativa para a eletrificação de veículos de carga que percorrem longas distâncias, visto que um caminhão elétrico é movido à baterias, que muitas vezes são pesadas e ocupam muito espaço, não sendo viáveis para longas distâncias. Para se ter uma ideia, para se percorrer 800 km de distância, um veículo precisaria de uma bateria de lítio de 23 toneladas, segundo a montadora. Por isso, as empresas pensaram em uma tecnologia que já existe para os ônibus, inclusive aqui no Brasil – os trólebus – e a adaptaram para caminhões.
A tecnologia reduz o consumo de combustíveis fósseis e também reduz o barulho, o que é comemorado pelos motoristas. Eletrificar uma rodovia já existente custa apenas 10% do valor de se construir uma ferrovia. Uma bateria menor alimenta o caminhão em pequenas distancias, por isso não seria necessário eletrificar toda a malha viária, e sim apenas alguns trechos, de preferência os que gastam mais energia. Paula Toco esteve na Suécia e falou sobre as rodovias elétricas no Pé na Estrada – clique aqui para assistir. As estradas elétricas são uma alternativa ainda em fase de teste, mas estão quase comercialmente viáveis de acordo com especialistas da Scania – faltam alguns ajustes para que o preço seja atraente para o mercado.
A eletrificação dos veículos e das estradas traz resposta à uma porção de perguntas, mas deixa outras questões no ar: o que será feito com as baterias após o fim da vida útil do caminhão? Qual será o próximo passo da eletrificação? São perguntas que serão respondidas com o tempo e com o avanço cada vez maior das tecnologias.
E você, prefere qual dessas tecnologias?
Por Pietra Alcântara
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