Caminhoneiros argentinos protestam contra reformas no país

ManifestaçõesCaminhoneiros argentinos protestam contra reformas no país

Diversas áreas de Buenos Aires foram paralisadas na última quarta-feira, 21, numa manifestação em que caminhoneiros argentinos protestam contra reformas no país, que fazem parte das políticas do presidente da Argentina, Mauricio Macri. O protesto inclui bloqueios nas ruas em alguns dos bairros mais movimentados do centro da cidade.

Além dos caminhoneiros, cerca de cem sindicatos e organizações sociais participaram da manifestação. Os organizadores estimam que 400 mil pessoas participaram dos protestos, enquanto a polícia calculou 140 mil manifestantes. As informações são da AFP.

O movimento é visto como um teste para o primeiro mandato do presidente de continuar com as propostas de reformas, após um clamor popular sobre a reforma da previdência no final do ano passado e um corte nos subsídios que causou aumentos no gás para aquecimento doméstico e nas tarifas de transporte coletivo.

As manifestações de caminhoneiros tem agitado os primeiros dias de 2018. Em 29 de janeiro, houve também no Paraguai uma greve de caminhoneiros contra medidas adotadas pelo governo em relação ao uso de bitrens brasileiros no transporte de grãos do país.

 

Oposição à Macri

“Estamos prontos para enfrentar o ajuste brutal que Macri está impondo aos trabalhadores e aos aposentados. Esta é uma situação muito crítica, é hora de união”, disse Pablo Micheli, um líder do sindicato trabalhista do CTA, que apoia os caminhoneiros manifestantes.

“Se não houver respostas governamentais, provavelmente pediremos uma greve nacional em março”, disse Micheli à Reuters.

Uma greve dos transporte poderia diminuir o fluxo de commodities agrícolas da Argentina, um dos principais exportadores mundiais de soja e milho.

Macri prometeu grandes mudanças nas leis trabalhistas do país, amplamente consideradas como as mais caras para as empresas na América Latina, depois que sua coalizão pró-negócios teve bom desempenho inesperado durante as eleições de outubro.

Mas o presidente, eleito no final de 2015, não tem uma maioria do Congresso e reduziu as reformas enquanto se prepara para se reeleger no próximo ano. Macri agora busca uma abordagem fragmentada da reforma trabalhista, um dos principais fatores que limita o investimento na terceira maior economia da América Latina. As informações são da Reuters.

 

Por Pietra Alcântara

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