Há duas semanas começaram a surgir os primeiros focos de insatisfação. Pequenas paralisações ocorriam de forma esporádica para reclamar sobre a nova política de preços da Petrobrás, que faz com que o preço do combustível mude quase que diariamente, e geralmente pra cima.
O movimento foi crescendo e ganhando adeptos, já que o transporte ainda nem saiu da crise e esse aumento de combustível pressiona motoristas autônomos, empresas e até os postos de combustível. Na semana passada, diversos sindicatos e associações de caminhoneiros se reuniram, fizeram suas pautas de reivindicações e deram para o governo prazo até dia 20 para acatarem ou pelo menos abrirem negociações sobre os pedidos. Como nada foi resolvido, neste segunda-feira, dia 21, as paralisações começaram.
Veja também: E se os caminhões sumissem por 5 dias?
17 estados parados
Como o preço do diesel afeta motoristas de norte a sul, mais da metade dos estados já apresentam algum protesto segundo levantamento do G1. Em alguns locais foram manifestações rápidas e em outros tudo deve continuar parado ao longo do dia. Veja a relação de locais parados no site do G1.
A PRF também está divulgando em seu portal de notícias quais trechos estão interditados, abrangendo todo o país. Acesse o site e saiba quais rodovias federais estão interditadas em tempo real.
Apoio de postos e empresas
Empresas não podem fazer greve. É lei. Mas a alta do preço afeta também transportadoras e postos de combustível, por isso, muitos deles estão apoiando o movimento. Diversos postos estão liberando seus pátios para que motoristas fiquem parados, assim como também o banho. Outros, como a rede Marajó, chegaram a oferecer café da manhã. Segundo o posto, se a paralisação continuar amanhã, eles devem servir café novamente.
Sindicatos e multas
Embora sindicatos a associações tenham se unido para dar início aos protestos, muitos deixam claro que fechar rodovias não é o caminho, como afirma a ABCAM – Associação Brasileira dos Caminhoneiros. Segundo a associação, o ideal é parar em casa, postos ou locais seguros.
Desde os protestos de 2015, usar o caminhão para fechar a via pode render multa de R$ 5.746. Além disso, a CCR, por exemplo, conseguiu ainda na sexta-feira uma liminar impedindo o fechamento da rodovia para a mobilização, os infratores teriam que pagar uma multa de R$ 300.000,00. A justiça do Paraná também estabeleceu multas de R$ 100.000,00 para quem fechasse rodovias.
Apesar das possíveis multas, ainda assim há bloqueios em diversos pontos do País, mas geralmente só veículos de carga são parados. Carros, ônibus, veículos de emergência e caminhões com carga viva passam normalmente.
Onde acompanhar
A grande mídia está cobrindo os pontos de paralisação, você também pode se manter informado pelos canais do Pé na Estrada e nossos programas de rádio na Rádio Capital (das 4h30 às 6h e das 17h às 18h), Rádio Tropical (das 18h às 19h) e também 24h pela WebEstrada, no www.webestrada.com.br. Acompanhe também nosso site e redes sociais.
Por Paula Toco