Na última sexta-feira, 10, o projeto de concessão da Ferrogrão foi protocolado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para análise do Tribunal de Contas da União (TCU). A ferrovia vai de Sinop/MT a Itaituba/PA.
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Cabe agora ao TCU a análise da documentação para a publicação do edital de licitação a ser publicado ainda em 2020.
Com a Ferrogrão, poderá sair do papel o novo corredor ferroviário de exportação do Brasil pelo Arco Norte. Com 933 km de extensão, a nova malha será essencial para o escoamento da produção de milho, soja e farelo de soja do estado do Mato Grosso.
Atualmente, mais de 70% da safra de grãos matrogrossense é escoada pelos portos de Santos (SP) e de Paranaguá (PR), a mais de 2 mil km de distância da origem.
Prevê-se, ainda, o transporte de óleo de soja, fertilizantes, açúcar, etanol e derivados do petróleo. São esperados aportes financeiros na ordem de R$ 8,4 bilhões no projeto de concessão.
A expectativa, também, é que o empreendimento alivie as condições de tráfego na BR 163 no Pará, diminuindo o fluxo de caminhões pesados e os custos com a conservação e a manutenção.
Em um webnário, que também ocorreu na sexta-feira, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, falou que o plano do ministério é ter o setor privado como protagonista na infraestrutura e ampliar a participação do modo ferroviário na matriz de transportes.
“A estratégia ferroviária pretende reequilibrar a matriz de transportes e dobrar a participação do modo ferroviário em 8 anos, a partir dos investimentos planejados e plantados”, declara Freitas. Hoje, o modal ferroviário corresponde a 15% da matriz de transporte brasileira. O ministro indicou que o objetivo é chegar a 30% nos próximos anos.
Adaptado de CNT
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