É estradeiro, motorista de aplicativo, motoboy ou vai simplesmente viajar no fim do ano? Não importa a situação, se você dirige, precisa estar atento a algumas condutas que tornam o seu percurso mais seguro. Um dos itens com o qual o condutor deve ter cuidado é o pneu. Confira 10 dicas para aumentar a segurança durante as viagens.
10 dicas de segurança para pneus
A Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, a ANIP, listou 10 dicas fundamentais para aumentar a segurança dos pneus nas viagens de fim de ano. No entanto, são cuidados que o motorista pode adotar para a vida na estrada. Veja quais:
1. Calibragem dos pneus
A baixa pressão do pneu, ou seja, quando ele não está cheio na sua capacidade de recomendada pela fabricante, pode ser uma situação perigosa. Isso porque ele fica mais quente, o que podendo causar rachaduras nos flancos da carcaça e levando a perda da estabilidade em curvas. Além disso, a direção fica mais pesada e o consumo de combustível é maior.
Já a pressão acima do adequado pode resultar em rachaduras na base dos sulcos e o pneu se torna mais susceptível ao rompimento da banda, podendo levar à acidentes. Nesses casos de pressão elevada, o desgaste e mais visível na área central da banda de rodagem.
Em ambas as situações, a dica é calibrar semanalmente considerando também o intervalo recomendado no manual do veículo e de acordo com as indicações da fabricante. Lembrado que a calibração deve ser feira com os pneus frios.
2. Alinhamento e balanceamento
Essa regulagem dos pneus deve ser feita a cada 10 mil quilômetros rodados quando surgirem:
- Vibrações;
- Na troca ou no conserto dos pneus;
- Caso o veículo sofra impactos na suspensão;
- Quando o pneu apresentar desgaste irregular;
- Quando o veículo estiver inclinado para o lado.
3. Rodízio de pneus
Uma das maneiras de prolongar a vida útil e trazer mais segurança é praticar o rodizio de pneus, que nada mais é do que trocá-los de posição. Isso equilibra a diferença de desgaste dos itens e traz mais estabilidade e eficiência no percurso, segundo a ANIP. A mudança deve ser feita mediante o nível de desgaste da banda de rodagem e com a supervisão do especialista. A recomendação é a seguinte:
Para pneus de passeio, os diagonais podem ser rodiziados a cada 5 mil quilômetros rodados e os radiais cada 8 mil quilômetros. No caso dos caminhões, varia de acordo com o modelo e por isso a recomendação é seguir as orientações do manual do veículo.
4. Atenção ao desgaste dos pneus
Pneus gastos, ou os chamados carecas, trazem risco ao condutor e passageiros do veículo. A análise do desgaste é feita por meio do TWI (Tread Wear Indicator), nome técnico para a saliência de borracha colocada dentro do sulco do pneu. Ela mede 1,6 milímetros de altura e quando o pneu atinge esse indicador é hora de substituí-lo, pois significa que ele chegou ao seu limite de segurança.
Lembrando que a Resolução 558/ 80 do CONTRAN (Conselho Nacional de Segurança) determina que e ilegal trafegar abaixo desse, sendo o condutor sujeito a multa ou apreensão do veículo
Os caminhoneiros circulam por vários tipos de estradas com topografias diferenciadas e climas extremos. Nesse caso, para os pneus de carga é importante estar atento também às rachaduras, assim como cortes mas profundos na lateral ou na banda de rodagem. Esses podem ser indicadores de sinal de desgaste dos pneus.
5. Manter o estepe preservado
O estepe é um pneu reserva usado para emergência e é item obrigatório em lei para constar nos veículos. Como nunca se sabe quando haverá um imprevisto com os pneus em uso, é fundamental manter o estepe em perfeitas condições para a troca.
6. Atenção a reforma dos pneus
Em motocicletas, tanto o serviço de reforma (Resolução 154/2004 do CONTRAN) como o uso de pneus reformados (Portaria 554/2014 do Inmetro) são proibidos. Isso porque a reforma do item afeta os componentes externos (banda de rodagem, ombros e flancos) mudando a curvatura e dimensões originais aumentando risco de acidentes.
No caso dos pneus de carga, sua construção permite o recapeamento até três ou quatro vezes, a depender da qualidade e estado da carcaça. Esse processo substitui somente a borracha desgastada da banda de rodagem que fica em contato com o solo. Mas fique atento, pois o recapeamento deve ser feito em estabelecimentos que apresente selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). Assim, você tem garantia de que o serviço será executado adequadamente e da segurança ao trafegar nas estradas.
7. Produtos inimigos do pneu
De acordo com a ANIP, o contato com derivados de petróleo e solventes atacam a borracha dos pneus. Por isso, a recomendação é de não estacionar em poças de óleo e verificar se os produtos usados nas rodas contêm algum desses elementos.
8. Escolha do pneu adequado
Sempre que for trocar o pneu, consulte o manual do veículo e respeite as informações que constam lá sobre as dimensões, limite de carga e velocidade adequada. Outra referência é a lateral dos pneus onde estão indicadas carga, pressão máxima, local e data de fabricação, limite de velocidade, tamanho, modelo e estrutura.
9. Esteja atento ao volume de carga transportado
A escolha do pneu adequado é importante, mas não adianta ter o pneu certo, mas transportar carga além do estabelecido. Os pneus de carga possuem indicação do limite de peso máximo na lateral. Não circule com o carro, utilitário ou caminhão sobrecarregado para evitar desequilíbrio nos eixos. Além de insegurança, o excesso de peso exige mais dos pneus e reduz a vida útil.
10. Condução defensiva gera economia dos pneus
Segundo a ANIP, freadas bruscas e alta velocidade gastam mais o pneu. Logo, a prática de condução defensiva, além de trazer segurança ao condutor, reduz o desgaste dos pneus e retarda a troca do item.
E quando os pneus são descartados?
Pneus inservíveis, que não estão mais em condição de uso, são enviados para um dos mais de 1050 pontos de coletas do Brasil. A partir daí são destinados para a Reciclanip, entidade criada com a finalidade de coleta e destinação responsável desses itens, a chamada logística reversa. Esses itens ganham novas funções como: combustível alternativo em fornos de cimenteiras; asfalto borracha; tapetes para automóveis; pisos industriais e de quadra poliesportivas.
Veja também: Como ser caminhoneiro? Passo a passo para quem está começando
Por Jacqueline Maria da Silva com informações da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos.