Neste Maio Amarelo já destacamos sobre os riscos do celular ao volante, mão fora do volante e o reforço das ações da Polícia Rodoviária Federal. Porém, outro fator muito importante para garantir a segurança no trânsito é o cinto de segurança.
Um levantamento de 2023 das concessionárias Arteris evidenciam a preocupação com o tema. Na Arteris Intervias, no interior de São Paulo, 62% das vítimas de acidentes fatais estavam sem o cinto de segurança.
Já na Arteris Litoral Sul, entre Curitiba (BR-116) e Palhoça/SC (BR-101), foram 90% que não utilizavam o dispositivo. Na Arteris Planalto Sul, que liga Curitiba até a divisa de Santa Catarina e Rio Grande do Sul pela BR-116, o índice de mortos no trânsito que não utilizam o cinto de segurança foi de 75%.
O Dispositivo de segurança é o melhor que temos para a segurança veicular
Aqui no Pé na Estrada estamos sempre reforçando o uso do cinto de segurança tanto para o motorista, como para o passageiro. Já está mais que comprovado que o uso do dispositivo salva vidas.
Segundo Áquilla Couto, médico da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), o cinto foi a melhor invenção para a segurança de direção veicular. O médico ainda diz que se combinado o uso do Airbag com o cinto podemos ter uma segurança de 60 a 70%. Já o Airbag sozinho, que é um bom dispositivo de segurança também, chega a 10%. Ele conclui que fora os freios ABS e outras tecnologias que temos hoje, o cinto de segurança ainda é o melhor disponível para salvar vidas.
Para ajudar na conscientização dos usuários, a Concessionária Arteris está realizando ações como: “Tô de cinto, Tô seguro”. A campanha está acontecendo nas cidades de Três Corações/MG e Atibaia/SP, na Rodovia Fernão Dias (BR-381), nos dias 13 e 16/5, respectivamente. No dia 16/5, a iniciativa ainda irá ocorrer no município de Luís Antônio, na SP-255.
No sábado (22), a ação será nos postos de atendimento da Rodovia Régis Bittencourt (BR-116), entre São Paulo e Santa Catarina, além de Pirassununga/SP, realizado na rodoviária da cidade localizada no interior do estado.
Uso obrigatório e seguro
Dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) corroboram a necessidade e a importância dessas iniciativas, já que, no ano passado, uma média de 275 motoristas foram multados por hora nas rodovias brasileiras pela falta do uso do equipamento.
Vale lembrar que o uso é obrigatório, a infração por não usar cinto de segurança é considerada grave pelo CTB, com perda de 5 pontos na CNH e multa.
A penalidade, no entanto, não deve preocupar mais do que salvar uma vida no trânsito. Ainda de acordo com a Abramet, o uso do equipamento reduz em até 60% o risco de morte e ferimentos graves para passageiros no banco da frente e em até 44% para os do banco traseiro. O estudo publicado pela entidade ainda comprova que cerca de 50% da eficácia dos cintos de segurança se deve à prevenção da ejeção de ocupantes.
O superintendente do Núcleo de Operações da Arteris, Marcelo Sato, destaca que o Maio Amarelo é uma oportunidade para reforçar dicas importantes que ajudam a salvar vidas.
“A conscientização é constante. Um trabalho que não para, seja antes ou depois da campanha. Vamos bater sempre nessa tecla: usar o cinto, seja nos bancos traseiros ou dianteiros, inclusive nas cadeirinhas para crianças, é um dever de todos para um trânsito mais seguro, ou seja, com menos fatalidades”.
Veja o que acontece se um dos passageiros não usar o cinto de segurança
A Paula Toco que tem seu instagram especializado em Segurança no Trânsito já trouxe o tema em vários dos seus vídeos animados, incluindo o uso do cinto e a posição correta da cadeirinha para crianças.
Um dos seus vídeos mais assistidos fala sobre o uso do cinto de segurança no banco de trás e as consequências que isso pode trazer, mesmo que o motorista esteja usando o dispositivo.
Segundo os dados da publicação, uma pessoa de 53 kg, em um impacto a apenas 20km/h, já é lançada para frente com a força de quase 800 kg. E mais, se essa mesma pessoa estiver a 40km/h, ou seja, ainda assim devagar, ela será lançada como um peso de 3,3 toneladas. Assista o vídeo e confira casos reais.
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Por Thaís Corrêa
Filha de caminhoneiro, recém-formada em jornalismo, resolveu usar a comunicação para manter a classe bem informada e, com isso, formar novas gerações de motoristas profissionais cada vez melhores para o futuro do país.