Acesso ao crédito para pequenos empresários é limitado, diz CNT

covid-19 mudou o modo como muitos trabalham, causou o fechamento de comércios não essenciais e até diminuiu a demanda por transporte de cargas, devido às medidas de isolamento social. Com isso, o faturamento das empresas é afetado e muitas precisam de acesso ao crédito para se manterem na ativa.

No começo da pandemia, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou medidas a serem tomadas, que somadas, são avaliadas em 55 bilhões de reais.

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transporte de cargas funcionando
Acesso ao crédito para pequenos empresários é limitado, diz CNT | Imagem: Marcos Santos/USP Imagens

Porém, de acordo com o boletim da Confederação Nacional do Transporte (CNT), em abril deste ano, no sistema bancário brasileiro, foram liberados R$ 18 bilhões em crédito, sendo R$ 1,24 bilhão destinado para micro, pequenas e médias empresas. Caminhoneiros autônomos que possuem pessoa jurídica também entram na lista de micro empresas.

No mês anterior, esse volume tinha sido de R$ 92 bilhões, sendo R$ 11 bilhões para MPMe. Cabe ressaltar que o mês de março registrou um acréscimo significativo no saldo da carteira de crédito na comparação com os demais meses da série histórica.

O boletim revela como ficaram as condições de acesso ao crédito no Brasil – principalmente para pessoas jurídicas –, nos meses de março e abril. A publicação utiliza indicadores do Banco Central sobre o saldo de crédito na carteira do Sistema Financeiro Brasileiro; a taxa média de juros cobrada nas operações de crédito; e o prazo médio para o pagamento dos empréstimos. 

A CNT indica que não houve alteração substancial das condições médias de juros e prazos no mercado de crédito no período analisado – o que seria necessário para garantir a sustentabilidade financeira das empresas durante a crise.

Segundo a publicação, o setor de transporte vem sendo diretamente impactado por essa realidade. “Neste momento de pandemia, os investimentos em frota precisaram ser interrompidos, tornando-se prioritária a garantia de recursos para as empresas de transporte conseguirem cobrir seus custos mais imediatos”, informa o texto.

 

Dificuldades na tomada de crédito

A análise da CNT mostra ainda que os esforços do Banco Central e do BNDES para viabilizar crédito ainda esbarra em dificuldades para que o recurso chegue às empresas. “Até março de 2020, os dados do BNDES não evidenciaram uma maior atividade neste contexto de pandemia. Em março, o banco desembolsou R$ 3,19 bilhões, mantendo a sua trajetória de queda, vigente sobretudo a partir de 2014.”

 

Adaptado de CNT

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