sexta-feira, março 29, 2024

ANTT flexibiliza regras para transporte de oxigênio ao Amazonas

Neste sábado, 16, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) publicou a Resolução 5.922. A norma flexibiliza obrigações regulatórias relacionadas ao transporte de oxigênio ao Amazonas. Ela abrange transporte doméstico e internacional de cargas de oxigênio destinado ao uso hospitalar, comprimido ou líquido refrigerado.

Leia também: Anfavea acredita em recuperação lenta em 2021

oxigenio ao amazonas
Imagem: Governo/Divulgação

Manaus, capital do Amazonas, tem sido destaque nos noticiários devido a situação de emergência de saúde pública decorrente do coronavírus. O estado sofre uma crise no abastecimento de oxigênio nos hospitais da região.

Pessoas infectadas não conseguem receber atendimento necessário pois o oxigênio disponível não é suficiente.

Para Vinícius Picanço, professor de Gestão de Cadeia de Suprimentos do Insper, que falou ao Globo, o que está acontecendo em Manaus, pode se repetir em outras localidades. As limitações na infraestrutura de transportes seriam os motivos para isso, em especial em parte do Nordeste e no interior, o que evidencia a importância do planejamento.

“Não dá para dizer que era imprevisível a escassez. Por mais que a demanda tenha um comportamento exponencial, existem modelos matemáticos para isso. A questão envolve logística e previsão de estoque”, afirma o professor. Para ele, houve tempo na pandemia de posicionar os estoques adequadamente e de armazenar insumos em regiões estratégicas.

 

Oxigênio ao Amazonas

Empresas com forte atuação logística, como a Bemol, convocaram parceiros com acesso à capital para a entrega gratuita de cilindros de oxigênio. Um grupo com 34 empresas de eletroeletrônicos se organizou para doar e receber doações.

A geografia da região, porém, é um empecilho para o transporte. Veja a seguir algumas das complexidades que envolvem a locomoção no local.

“Manaus produz 30 mil metros cúbicos de oxigênio por dia. A demanda chegou a 78 mil. A cidade é isolada porque apenas uma única estrada faz ponte com Amazonas, então ficamos à mercê do transporte rodofluvial. O lugar mais perto de Manaus está a cinco dias”, diz Ricardo Lothar, presidente da Lothar Logística.

“Se a rodovia BR- 19 fosse asfaltada seria muito mais simples”, diz Jorge Nascimento, presidente da Eletros, associação do setor de eletroeletrônicos. O grupo tem procurado apoio para arrecadar cilindros, máscaras, aventais e alimentos. Ele relata que itens são enviados por via aérea, que é cara, ou fluvial, que demora até cinco dias.

 

Por Pietra Alcântara com informações do O Globo e Folha de S. Paulo

1 COMENTÁRIO

  1. Tudo bem puxar a sardinha para logística… porém não é a limitação do transporte ,mas, sim da produção o verdadeiro gargalo. A fábrica está trabalhando com 100% e praticamente triplicou o uso do material oxigênio. As demais cidades estão em sub uso do produto. Outro questionamento as normas existem para a segurança do transporte… E essas normas podem ser afrouxada significa que a segurança pode ser mantida ou não é tão importante???

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