A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), avança com o leilão da concessão do sistema rodoviário BR-060/452/GO, conhecido como “Rota Verde”. 

Por meio de sua Superintendência de Concessão da Infraestrutura (SUCON), a iniciativa conta com uma extensão total de 426,2 km, esse trecho conecta Goiânia ao entroncamento da BR-452 em Rio Verde, continuando até o encontro da BR-153 em Itumbiara, passando pelo Contorno Sul de Goiânia.

Vale dizer que região de Rio Verde, em Goiás, é um ponto turístico por suas belezas naturais, como rios e cachoeiras, ideais para o ecoturismo. O turismo rural e agroecológico atrai visitantes para experiências no campo. 

Além disso, o percurso é essencial para o escoamento de produtos agrícolas e de bens manufaturados. Isso também, porque o Rio Verde ocupa a posição de 2º maior produtor de grãos do Brasil e o primeiro lugar no estado. A cidade também se destaca pelo plantel bovino, avícola e suíno, além de abrigar grandes indústrias.

Investimento de R$ 6,8 bilhões para as rodovias

A decisão foi tomada durante a 84ª Reunião de Diretoria Extraordinária, transmitida ao vivo, no Canal da ANTT no YouTube. O investimento total previsto é de R$ 6,8 bilhões. 

Este projeto de concessão representa um marco muito importante para a infraestrutura nacional. Impulsionando a melhoria das rodovias para o transporte de mercadorias e o tráfego diário de milhares de motoristas que passam pelo local. Isso porque, ao longo dos anos, o aumento do tráfego, especialmente ligado à forte presença da agropecuária na região, reforçou a necessidade de modernização e expansão dessas vias.

O processo que culmina neste leilão foi meticulosamente conduzido por anos e envolveu diversas fases de aprovação e consulta pública. Inicialmente, o Tribunal de Contas da União (TCU) deu sinal verde para o projeto e o Ministério dos Transportes, por meio da Portaria n.º 144/2024, formalizou o plano de outorga que orientará a concessão. 

Além disso, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desempenhou um papel fundamental na condução dos estudos de viabilidade. Ele apontou a concessão como a melhor solução para garantir a excelência na operação e manutenção dessas rodovias.

Para o diretor-geral da ANTT, Rafael Vitale, o foco do projeto de concessão da Rota Verde é a manutenção e recuperação da infraestrutura já existente. “Isso inclui a implantação de melhorias, monitoramento contínuo e a expansão da capacidade da via. Tudo isso se traduz em uma rodovia mais segura, eficiente e confortável para todos os usuários, promovendo um tráfego mais fluido e reduzindo os tempos de viagem”, reforçou Vitale.

Leilão previsto para 12 de dezembro

A participação ativa da sociedade foi outro ponto alto desse processo. A Audiência Pública n.º 10/2021 reuniu contribuições essenciais. Esses apontamentos ajudaram a moldar o projeto final, garantindo que ele atendesse aos anseios da comunidade e às necessidades técnicas e econômicas do país. As melhorias sugeridas e incorporadas, como resultado desse diálogo aberto, foram essenciais para refinar o plano de concessão, garantindo sua relevância e eficácia a longo prazo.

O diretor da ANTT Lucas Asfor, relator do processo, disse que agora, com o edital de concessão pronto para ser publicado, a expectativa é de que o leilão, previsto para 12 dezembro de 2024, atraia a atenção de investidores dispostos a contribuir para a transformação da infraestrutura rodoviária no Brasil. “A ANTT trabalha para garantir que todas as etapas do processo sejam conduzidas com transparência e eficiência, refletindo o compromisso da Agência com o desenvolvimento sustentável e a melhoria contínua dos serviços oferecidos à população”, disse Asfor.

O que prevê o edital? 

Ao todo, nas obras de ampliação de capacidade, estão previstos 31,1 km de duplicação, 20 km de faixas adicionais em pistas duplas e 102,7 km de faixas adicionais em pistas simples. 

Em obras de melhoria, estão no projeto 28,9 km de vias marginais, 6 retornos em U, 10 retornos em X, 11 rotatórias alongadas, 161 acessos e 36 paradas de ônibus. Além de 14 passarelas, dispositivos especiais, barragens acústicas, passagens de fauna e caixas de contenção de produtos perigosos.

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Por Thaís Corrêa, com informações da ANTT e do Ministério dos Transportes