O Brasil possui mais de 11 mil pontes e viadutos com risco estrutural relevante, segundo o estudo Panorama Geral das Pontes Rodoviárias Brasileiras.
O levantamento que reuniu dados do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) e da ANTT (Agência Nacional dos Transportes Terrestres) evidencia um ponto crítico:
Portanto, grande parte da malha viária nacional está vulnerável por falta de manutenção, envelhecimento dos materiais e execução sem rigor técnico.
Brasil tem 11 mil pontes e viadutos com risco estrutural
“Mais do que uma obra aparente, trata-se de uma estrutura viva, sujeita a variações climáticas, cargas dinâmicas e ações do tempo”, comenta Rafael Hayar, diretor do Grupo Arena, reconhecido pela atuação nos segmentos de asfalto e infraestrutura.
Ele reforça que da fundação ao tabuleiro, estruturas como pontes, viadutos e bueiros demandam sistemas que funcionem em harmonia para garantir desempenho e longevidade.
Dilatação térmica, drenagem eficiente, juntas bem projetadas e armaduras dimensionadas para resistir à fadiga são alguns dos desafios que definem a qualidade.
Avaliação mais assertiva na durabilidade das obras
Com o avanço das tecnologias como monitoramento inteligente, a engenharia de infraestrutura vem ganhando novas ferramentas para aumentar a precisão, reduzir erros e prolongar a vida útil das obras.
“O fator decisivo continua o mesmo: responsabilidade técnica em todas as etapas da execução”, finaliza.
O Pé na Estrada entrevistou um especialista sobre pavimentos e ele explicou um pouco sobre os diferentes pisos do Brasil.
Pelos números da Pesquisa CNT de Rodovias 2024, as rodovias estão classificadas como ótima (7,5%); boa (25,5%); regular (40,4%); ruim (20,8%) e péssima (5,8%).
Ou seja, os números indicam uma pequena melhora na qualidade geral se comparada com 2023, porém nada visivel.
O levantamento CNT, por exemplo, avalia 111.853 quilômetros de vias pavimentadas, o que corresponde a 67.835 quilômetros da malha federal (BRs) e a 44.018 quilômetros dos principais trechos estaduais.
A Pesquisa também mostra que é necessário investir para a reconstrução, restauração e manutenção do pavimento algo em torno de R$ 99,7 bilhões.
Ponte que ligava Tocantins ao Maranhão
A ponte que desabou entre Tocantins e Maranhão, chamada Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, deve ficar pronta antes do fim do ano.
Ela desabou em dezembro de 2024 e está com uma nova estrutura sendo construída para substituir a antiga.
A previsão mais recente é do DNIT. O departamento afirma que as obras estão em andamento e que 50% do cronograma está concluído. Vale dizer que, atualmente, a travessia entre os dois estados está sendo feita por balsas.
Ponte que conecta Brasil e Bolívia

Jornalista especializado em veículos e apaixonado por motores desde criança. Começou a carreira em 2000, como repórter, nas revistas Carro e Motociclismo. Atuou por mais de 10 anos em assessorias de imprensa ligadas ao mundo motor. Foi editor do Portal WebMotors e repórter do Estado de S.Paulo. Hoje, trabalha como repórter e editor no Portal Pé na Estrada.
Muito simples de explicar a precariedade, de pontes e viadutos da malha viária do Brasil:
Em sua maioria projetada e construída nas décadas de setenta e oitenta, onde o pbtc máximo era de 48,5 T.
Hoje com rodo trem o pbtc máximo é de 74,0 T, e com uma velocidade média maior e também com um fluxo de veículos de carga bem maior.
Essas alterações feitas por órgãos e pessoas que não entendem de infraestrutura e liberam essas novas composições sem levar em conta nossa precariedade estrutural, entre outras coisas mais…