Cajamar enfrenta dificuldades com aumento de caminhões e crescimento urbano. O município é uma região Metropolitana do Estado de São Paulo que beira rodovias importantes como a Anhanguera e a Bandeirantes. Além de estar próxima do Rodoanel Mário Covas, da Rodovia Castello Branco e dos três principais aeroportos do país, como: Guarulhos, Congonhas e Viracopos.
Com essa importância territorial, a cidade vem crescendo bastante com o movimento de cargas e vem enfrentando gargalos com o aumento de caminhões.
Todavia, a grande questão é como Cajamar vem se preparando para receber esse volume de cargueiros. Essa foi a pergunta que o Pé na Estrada fez à prefeitura da cidade. Confira na matéria como a “Disneylândia dos galpões”, como é conhecida, está mudando sua estrutura para sanar esse problema.
Cajamar, uma cidade logística
Cajamar, apesar de ser uma cidade nova, com apenas 66 anos de fundação, cresceu muito nos últimos anos, tanto no movimento de pessoas, como no de cargas.
Segundo o Secretário de Mobilidade da cidade, cerca de 28% de Cajamar é ocupada por empresas, como: Centros de Distribuição e indústrias, sendo intitulada como o maior polo logístico do Brasil.
Além disso, a cidade também é muito procurada para galpões de grandes hipermercados e empresas de e-commerce (Comércio eletrônico).
Sendo assim, os transportadores vêm reclamando que a região está faltando com infraestrutura adequada para suportar esse crescimento. Os pontos com maior colapso estão na Avenida Alfonso Leopoldo Vogel (Jordanésia) e na Avenida Dr. Antônio João Abdalla (Jornadésia).
Veja o que diz a Prefeitura sobre os Gargalos de Cajamar
O Secretário de Mobilidade, Leandro Arantes, respondeu ao Pé na Estrada sobre o que está sendo feito para solucionar os gargalos em Cajamar.
“Na verdade, hoje nós temos 4 gargalos que são as principais entradas da cidade para a Rodovia Anhanguera. Nós temos o 29, que é a Tenente Marques. O 36, que é aqui o Gato Preto, de onde vem para Cajamar centro. Nós temos o 38 da Anhanguera, que sai a Máximo Zambotto. E nós temos o 39 que liga ao Distrito de Jordanésia.
No 29, que liga a Anhanguera, por trás do bairro Portal dos Ipês, nós estamos fazendo uma nova Tenente Marques, uma avenida perimetral, para tirar os caminhões da atual e jogar eles para essa nova via, que são 5 lotes, e nós já estamos iniciando o 4º lote. A gente prevê que até o final de 2026, começo de 27 já esteja concluída totalmente essa obra.
Km 36 e 38 já tem projetos aprovados para melhorias
Com relação ao 36, nós, juntos a Artesp, a CCR e ao Governo do Estado, já fizemos o projeto executivo para que seja feito o alteamento aqui da Rodovia Anhanguera, para que os caminhões possam passar por baixo e com isso a gente liga a Antônio Cândido Machado à Avenida Ribeirão dos Cristais.
Os caminhões vão sair direto, não precisando ir até o 38, nem no 39, colapsando aquele pedaço e fora isso, evitar as enchentes aqui no bairro do Gato Preto que para a Anhanguera e acaba atrapalhando São Paulo como um todo.
No 38, já está também junto à Artesp e a CCR Autoban, o projeto executivo para que eles façam um instrumento público. Vai ser o primeiro da América Latina e no Brasil, de Diamante invertido*, que nem é feito nos Estados Unidos, para poder dar mais fluidez aquele pedaço para o pessoal que vem lá de Campo Limpo, Jarinu, todo o pedaço que vem de Franco da Rocha, Caieiras e desemboca na Avenida Máximo Zambotto e sai ali no trevo do 38.
*Diamante Invertido: elimina a construção de viadutos e propicia maior mobilidade para pedestres e ciclistas. Disposição inteligente das pistas em cruzamento possibilita controle do tráfego apenas por semáforos.
Obras que já estão acontecendo
Independente disso, paliativamente, o município já está criando, ali na Leopoldo Vogel, que é a continuação do viaduto do 38, uma gota para que os caminhões possam fazer o giro para dentro do município e não mais ali na rodovia. Com isso, a gente aliviaria o trecho do 38 ali na Anhanguera, isso já deve ficar pronto nos próximos 30 dias.
Temos a promessa do estado, do Governador, para a duplicação da Máximo Zambotto e com relação ao 39 também, nós estamos vendo a alteração e o aumento do viaduto do 39.
Independente disso, a prefeitura, já aprovou junto a Artesp e a CCR Autoban e vem através da lei da contrapartida, um novo viário que vai ficar ali no km 43,5 da Anhanguera, onde a empresa vai construir um anel viário mesmo, para que as empresas não precisem ir mais até o 54 lá em Jundiaí fazer o retorno e possam fazer ali no 43, retornando para São Paulo.”
Cajamar mostra como faz a administração de novos galpões
Segundo Leandro, o município criou uma lei do estudo de impacto de vizinhança. O que exige que uma empresa, para se instalar, passe pelo crivo de um conselho com o setor de trânsito, controle urbano e meio ambiente.
Nessa avaliação, a empresa tem que apresentar um estudo sobre pacto de vizinhança, do polo gerador de tráfego e estudo de viabilidade ambiental.
O Pé na Estrada considera Cajamar um exemplo para outras cidades logísticas que se preocupam com o impacto na população e no trânsito ao expandirem.
Contudo, o secretário entende o crescimento da cidade e tem requisitos para as empresas que desejam se instalar em Cajamar tenha o número de vagas de caminhões suficientes e impacte menos possível o trânsito e os moradores.
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Filha de caminhoneiro, recém-formada em jornalismo, resolveu usar a comunicação para manter a classe bem informada e, com isso, formar novas gerações de motoristas profissionais cada vez melhores para o futuro do país.