Após o adiamento do Supremo Tribunal Federal em relação à votação que definiria se a tabela de frete é inconstitucional ou não, ainda falava-se sobre a possibilidade de uma paralisação.
Antes do adiamento, líderes da categoria organizavam uma mobilização para os dias 2, 3 e 4 de setembro. Caso a decisão do STF não aprovasse o piso mínimo e o considerasse inconstitucional, havia greve, segundo representantes dos estradeiros.
Como o julgamento foi adiado, muitos motoristas em grupos de WhatsApp se articularam para fazer uma manifestação na última quarta-feira, 4. Porém, na prática houve poucos pontos de paralisação.
Paraná
Em Quatro Barras, no Paraná, um grupo de aproximadamente dez caminhoneiros se reuniu no início da manhã da quarta-feira, 4, no pátio de um posto de combustíveis. A paralisação aconteceu às margens da BR 116, na altura do km 67 da pista sentido São Paulo.
Equipes da Polícia Rodoviária Federal monitoraram o local. Não houve interdições de rodovia federal provocada por manifestantes no Paraná. As informações são da PRF.
Rio de Janeiro
De acordo com o portal Sputnik News, houve também, no mesmo dia, uma paralisação na parte do sul do Rio de Janeiro da Rodovia Presidente Dutra, motivada pelo adiamento do STF. Segundo informações, o movimento foi suspenso mais tarde.
O presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga do Sul Fluminense, Francisco Wilde, que estava presente na ocasião, afirmou que a movimentação foi suspensa porque uma reunião no Ministério da Infraestrutura estava prevista para quarta-feira, 4, com o objetivo de discutir a tabela de frete.
Pernambuco
Havia ainda uma paralisação prevista em Pernambuco, em função do julgamento da inconstitucionalidade do piso mínimo de frete.
Inicialmente, manifestantes informaram ao Diário de Pernambuco que haveria protesto por volta das 6h da manhã. O movimento foi adiado mais tarde, para que houvesse maior diálogo interno entre os profissionais.
Sindicam Ourinhos
Ariovaldo Junior, presidente do Sindicam Ourinhos, já se declarou contra uma paralisação no momento. Ele é uma das lideranças que aposta no diálogo com o Ministério da Infraestrutura para que o piso mínimo e outras questões sejam resolvidas.
“Temos que fazer greve quando soubermos que isso vai trazer resultado para nós. Enquanto estivermos brigando por um piso mínimo do qual não temos acesso, não adianta nada”, defende Júnior.
Por Pietra Alcântara
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