Empresa que apostou no hidrogênio está à Espera de um Milagre. Se você não viu o filme de 1999, é importante pensar que o título se encaixa perfeitamente a Nikola, empresa que apostou tudo no hidrogênio e que enfrenta resultados negativos.
Empresa que apostou no hidrogênio está à Espera de um Milagre
Fundada em 2016 por Trevor Milton no Arizona, EUA, a Nikola Corporation, cujo nome homenageia Nikola Tesla, queria se destacar na corrida por caminhões movidos a hidrogênio.
Apesar de parecer uma alternativa natural atualmente, na época, essa tecnologia estava muito embrionária.
Problemas Mecânicos e Financeiros
No auge, a Nikola chegou a valer 34 bilhões de dólares, mas agora está no pior momento, mesmo com a produção de caminhões tendo se iniciado em 2022.
Depois que os caminhões ganhara as ruas, eles veem enfrentando problemas mecânicos contínuos e riscos de incêndio. No ano passado, a empresa precisou retirar mais de 200 caminhões novos devido os possíveis riscos de incêndio causados por vazamentos na bateria.
Futuro Incerto
Desde o início, a intenção foi aparentar normalidade, mas a confiança na recuperação da Nikola é baixa. Os acionistas abandonaram a empresa, e o valor das ações caiu, tornando a falência inevitável.
Com inúmeras demissões e um aporte de 65 milhões de dólares, suficiente para um mês de operações, a Nikola tenta desesperadamente arrecadar dinheiro para investir em um transporte baseado em hidrogênio.
O Futuro do Hidrogênio
O hidrogênio, o elemento mais abundante do mundo, ainda não demonstrou ser a grande alternativa verde esperada.
Apesar do potencial, a produção eficiente e barata de hidrogênio ainda não foi alcançada. Muitas empresas que apostaram no hidrogênio estão falindo, como a TECO 2030, uma empresa norueguesa que recentemente declarou falência.
No Brasil, durante a Fenatran, algumas empresas arriscaram apresentar soluções. Afinal, já existem até projetos de incentivos para veículos que funcionam a hidrogênio.
Porém, no papel. A solução continua longe de chegar à estrada: Caminhão a hidrogênio chega antes de 2025 no Brasil
Jornalista especializado em veículos e apaixonado por motores desde criança. Começou a carreira em 2000, como repórter, nas revistas Carro e Motociclismo. Atuou por mais de 10 anos em assessorias de imprensa ligadas ao mundo motor. Foi editor do Portal WebMotors e repórter do Estado de S.Paulo. Hoje, trabalha como repórter e editor do Portal Pé na Estrada.