A covid-19 mudou o modo como muitos trabalham, causou o fechamento de comércios não essenciais e até diminuiu a demanda por transporte de cargas, devido às medidas de isolamento social. Com isso, o faturamento das empresas é afetado, o que dificulta o pagamento de empréstimos no BNDES e financiamentos.
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Para manter o capital de pequenas e grandes empresas girando, o BNDES adotou medidas, que somadas, são avaliadas em 55 bilhões de reais.
Poderá ser concedida às empresas afetadas pela crise, a suspensão temporária por prazo de até seis meses de amortizações de empréstimos no BNDES, contratados nas modalidades direta e indireta.
Nas operações diretas, o pedido de suspensão deve ser encaminhado ao BNDES. Em operações indiretas, a interrupção deverá ser negociada com o agente financeiro que concedeu o financiamento.
O prazo total do crédito será mantido e não haverá a incidência de juros de mora durante o período de suspensão. Segundo o BNDES, serão atendidos com a ação setores como Petróleo e Gás, Aeroportos, Portos, Energia, Transporte, Mobilidade Urbana, Saúde, Indústria e Comércio e Serviços.
Outra medida adotada pelo banco é a expansão da oferta de capital para as necessidades do dia a dia das empresas, através da ampliação da abrangência da linha “BNDES Crédito Pequenas Empresas”, que passará a contemplar desde microempresas até aquelas com faturamento anual de até R$ 300 milhões.
O limite de crédito por beneficiário por ano foi elevado de R$ 10 milhões para R$ 70 milhões, colaborando com a necessidade de capital de giro. As empresas terão 24 meses de carência e cinco anos de prazo total para pagar esses novos financiamentos.
Bancos de montadoras
Além das condições especiais para empréstimos no BNDES, bancos de montadoras também resolveram adotar medidas para dar fôlego aos transportadores nos primeiros meses da crise.
O Banco Mercedes-Benz anunciou que vai reduzir em 50% o valor das três primeiras parcelas de planos adquiridos em abril. A diferença de valor dessas mensalidades será diluída a partir da 4ª parcela. Segundo a montadora, a condição é válida para todos os planos de consórcio para caminhões da marca.
Já a Volvo Financial Services, o Banco Volvo, passou a permitir carência de até 6 meses nos financiamentos de caminhões. O banco tambémestá operando com taxas que variam de 0,81% ao mês para prazo de 24 meses até 0,86% ao mês para financiamento de 60 meses. As condições são válidas até o final de maio.
Além do Finame, o Banco Volvo também passou a oferecer condições especiais para financiamentos CDC, válidas apenas durante o mês de abril. As taxas variam de 0,84% ao mês até 0,89% ao mês. A carência pode ser de até 6 meses e os prazos também são até 60 meses.
Por Pietra Alcântara
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