Entenda os perigos da manipulação de tacógrafo

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A manipulação de tacógrafos é uma artimanha tão antiga quanto ao próprio equipamento, porém conforme o tempo passa, por gerações, o perigo só aumenta.

Principalmente agora em que nos caminhões mais recentes tudo está interligado e, consequentemente, causando novas falhas nos sistemas de segurança, quando mexido.

É quase igual a uma ferida, onde ninguém deve se aventurar em colocar a mão. A manipulação cresceu tanto que a polícia da Alemanha abriu uma investigação sobre o assunto. 

Entenda os perigos da manipulação de tacógrafo

Afinal, a manipulação de sensores ou a alteração de sistemas de segurança em caminhões têm chamado a atenção das autoridades.

A incidência é tão grande que em uma semana de ronda (blitz) 100% dos veículos inspecionados apresentam irregularidades.

As maiores queixas envolvem caminhões de transportadoras da Europa Oriental, com motoristas vindos do Leste Europeu.

Como ocorre a manipulação do tacógrafo?

Com as versões mais novas do tacógrafo, a manipulação do sensor KITAS, embora praticada há bastante tempo, tornou-se mais difícil desde o final de 2012 e vem sendo cada vez menos comum.

Porém, segundo as investigações, cada vez mais motoristas estão desligando o equipamento da tomada para desativar o aparelho sob pressão dos prazos apertados.

Tal ação, faz com que todos os sistemas de assistência e parte da gestão do motor parem de funcionar.

Paradas rápidas no trânsito 

Todavia, o desligamento do assistente de frenagem de emergência obrigatório — cuja desativação já é proibida na Alemanha — não explica, por si só, muitos dos acidentes fatais ocorridos no fim de congestionamentos.

Além disso, a manipulação também afeta o sistema de freios ABS, o que aumenta significativamente a distância de frenagem além do limite técnico permitido.

Manipulação do tacógrafo compromete sistemas de segurança

Mais do que uma infração grave, a adulteração do tacógrafo (equipamento obrigatório que registra dados como velocidade e tempo de direção) pode comprometer a segurança veicular e resultar em acidentes fatais.

A manipulação afeta diretamente o funcionamento de sistemas eletrônicos essenciais, como o freio ABS, o controle de tração e até o assistente de frenagem de emergência.

Além do perigo iminente nas estradas, a prática é considerada crime em diversos países, incluindo o Brasil.

Afinal, os infratores estão sujeitos a multas, suspensão da carteira de habilitação e até processos criminais.

Empresas transportadoras também podem ser penalizadas, perdendo contratos e credibilidade no mercado.

A manipulação também pode afetar a cobertura de seguros e a garantia de fábrica dos veículos, já que alterações nos sistemas originais comprometem o desempenho e a integridade do caminhão.

Especialistas alertam que o combate à adulteração exige fiscalização rigorosa e conscientização por parte dos transportadores. 

Lei brasileira exige o tacógrafo nas seguintes situações

No Brasil, o tacógrafo é obrigatório em veículos de transporte e condução escolar, transporte de passageiros com mais de 10 lugares e veículos de carga com peso bruto total superior a 4.536 kg, ou capacidade máxima de tração superior a 19t. 
 

O equipamento registra a velocidade e o tempo de forma inalterável, sendo fundamental para a segurança e controle das atividades de transporte.

A obrigatoriedade do tacógrafo no Brasil está definida principalmente pela Resolução nº 14/1998 do CONTRAN e pelo Código de Trânsito Brasileiro (Lei nº 9.503/97).
 
Jornalista do Pé na Estrada, Rodrigo Samy

Jornalista especializado em veículos e apaixonado por motores desde criança. Começou a carreira em 2000, como repórter, nas revistas Carro e Motociclismo. Atuou por mais de 10 anos em assessorias de imprensa ligadas ao mundo motor. Foi editor do Portal WebMotors e repórter do Estado de S.Paulo. Hoje, trabalha como repórter e editor no Portal Pé na Estrada.

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