O futuro chegou: 5 aplicativos que mudaram a vida do motorista

A notícia de que o novo governo está planejando implantar uma espécie de Uber das cargas no país deu o que falar. Não é de hoje que os aplicativos estão revolucionando setores e mudando a lógica de muitas profissões e serviços. Por isso, resolvemos listar 5 aplicativos que atualmente já estão mudando a vida do motorista – para melhor ou para pior.

 

Waze e Google Maps

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Se antes o motorista precisava de GPS para se localizar em terras desconhecidas, hoje é só ter um smartphone para fazer isso. Os aplicativos mais conhecidos que oferecem este serviço de GPS são o Google Maps e o Waze.

Além de mostrar alternativas de rotas, os aplicativos também indicam radares, pontos de congestionamento, obras na pista e até acidentes em tempo real, tudo com a colaboração de usuários.

Entretanto, um estudo feito pelo Instituto de Estudos de Transporte da Universidade da Califórnia sugere que esses aplicativos, criados para facilitar a vida dos motoristas, na realidade estão prejudicando o trânsito. Como? Confira na matéria.

 

Desconto nas multas

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Imagem: Reprodução/Google Play

Você já imaginou receber desconto na multa por ter admitido uma infração? Essa é a ideia do Sistema de Notificação Eletrônica (SNE), um aplicativo do Governo Federal que incentiva proprietários de veículos a confessarem que realmente cometeram uma infração, abrindo mão de defesa prévia ou recurso.

O desconto para quem estiver nessa situação é de 40% podendo ser pago até o vencimento da multa. Saiba mais clicando aqui.

“O intuito é desafogar um pouco o sistema e desencorajar os recursos que tenham como único objetivo prolongar o processo da infração para ganhar tempo. O desconto é muito bom e vale a pena. Claro que para aqueles que não cometeram a infração, continua valendo o direito à defesa”, explica Celso Alves Mariano, diretor do Portal do Trânsito e da Tecnodata.

 

Postos confiáveis

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O PostoFiel é uma iniciativa criada pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). O aplicativo funciona por meio de um programa de monitoramento da qualidade de combustíveis, de caráter voluntário, no qual é realizado um controle de qualidade nos combustíveis dos postos revendedores participantes.

O controle se dá por meio de análises laboratoriais em amostras que são coletadas semanal e aleatoriamente, diretamente das bombas dos postos participantes. Após as análises, ocorre a atualização, em tempo real, das informações no aplicativo PostoFiel.

O aplicativo permite que motoristas confiram se um posto é confiável ou não antes de abastecer e correr o risco de comprar diesel adulterado.

Confira também: 4 COISAS PARA PRESTAR ATENÇÃO EM UM POSTO DE COMBUSTÍVEL

 

Buscando fretes

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Hoje existem muitas opções de aplicativos que ajudam o estradeiro a encontrar cargas e calculam o valor do frete, levando em conta a distância e custos operacionais como diesel e pedágios ao longo da rota. Eles servem como divulgadores de cargas para os motoristas. Clique aqui e assista à matéria do repórter Jaime Alves sobre o assunto.

O TruckPad, que funciona desde 2013, é um exemplo disso. O aplicativo é usado para contratação e gerenciamento de motoristas autônomos.

 

Viagem de ônibus inteligente

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Ônibus que buscam e deixam passageiros que vão para os mesmos lugares, com rotas maleáveis: essa é a proposta do Smart Ride.

O que você acharia se os motoristas de ônibus pudessem saber antecipadamente quais os pontos em que existem passageiros para embarcar e, assim, cortar caminho durante o trajeto? Essa é a proposta de um aplicativo chamado Smart Ride – que em inglês quer dizer viagem inteligente.

O aplicativo foi criado pelo Citymapper, app que começou com a função de indicar rotas de ônibus e de metrô e, agora, investe na criação de uma frota própria no Reino Unido.

A ideia lembra outros aplicativos de carona: juntar desconhecidos que querem fazer um trajeto similar e levá-los em um mesmo veículo. O novo modelo vai além: há rotas maleáveis dentro de uma mesma área. E em vez de cada um descer onde quer, são designados pontos comuns de parada, para agilizar o trajeto.

O aplicativo, por enquanto, só funciona no Reino Unido. Caso o serviço chegasse ao Brasil, fica a pergunta: esses veículos precisariam de registro da ANTT para circular por aqui?

 

Solução ou problema?

Interceptar relações entre motoristas e empresas pode ser um bom negócio para desenvolvedores de aplicativos. Mas a situação fica complexa quando determinados serviços exigem licenças de órgãos reguladores, que não são respeitadas. É o caso do transporte de cargas urbano negociado por aplicativos.

Pensando na lógica de “Uber” para o transporte de cargas, já existem hoje empresas que oferecem esse tipo de serviço nas metrópoles, para entregas urbanas. Com a função de conectar motoristas autônomos e empresas, o serviço recebe críticas em relação à homologação dos motoristas, que é não é exigida.

Dessa forma, motoristas em geral podem se cadastrar e transportar cargas nas cidades sem necessariamente possuírem registro da ANTT – exigido para todos os veículos de transporte de carga e de passageiros remunerado. Além disso, por não possuírem registro, esses motoristas também não são avaliados por gerenciadoras de risco.

Ao contrário de motoristas de carga convencionais, que precisam de certificados, cursos, especificações na CNH, pagamento de taxas para obter o registro da ANTT e uma boa avaliação com gerenciadoras de risco para exercerem a própria profissão, esses motoristas de aplicativo ocupam as mesmas funções sem necessariamente serem capacitados para isso.

Como a ANTT enxerga essa situação? Entramos em contato com o órgão para entender como a ANTT se posiciona sobre o assunto.

Eles afirmam que a legislação define que todos os veículos de carga que executem transporte rodoviário de carga mediante remuneração, com capacidade de carga útil igual ou superior a 500 Kg, devem ter o Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas. Essa é uma responsabilidade do motorista, portanto numa possível fiscalização, o proprietário do veículo seria notificado caso fizesse o transporte de cargas sem antes obter o registro.

A ANTT ainda enfatizou que, nesse caso, o aplicativo atua como contratante e tem liberdade de empregar motoristas que não possuem o registro. Cabe à ANTT fiscalizar os motoristas, pois o órgão exige certos requisitos para que esses façam o transporte de cargas remunerado.

 

Por Pietra Alcântara

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