De acordo com Vender Costa, presidente da CNT (Confederação Nacional do Transporte), as rodovias pararam de piorar no Brasil. Ele usou o termo para elogiar o caminho que o país está seguindo, com base no resultado da última pesquisa, para a melhora da malha viária.
Pesquisa CNT mostra que rodovias pararam de piorar
Portanto, ele acrescentou que o Brasil precisa privatizar as privatizáveis e identificar as vias que necessitam de investimento público para alavancar a economia de uma determinada região.
Como as rodovias pararam de piorar?
Pelos números da Pesquisa CNT de Rodovias 2024, as rodovias estão classificadas como ótima (7,5%); boa (25,5%); regular (40,4%); ruim (20,8%) e péssima (5,8%).
Ou seja, os números indicam uma pequena melhora na qualidade geral, demonstrando que o aumento de investimentos começa a apresentar resultados, em comparação com o ano passado.
De quanto foi a melhora?
O levantamento CNT avalia 111.853 quilômetros de vias pavimentadas, o que corresponde a 67.835 quilômetros da malha federal (BRs) e a 44.018 quilômetros dos principais trechos estaduais.
A Pesquisa também mostra que é necessário investir para a reconstrução, restauração e manutenção do pavimento algo em torno de R$ 99,7 bilhões.
Saiba como foi a pesquisa CNT em 2023?
Diferença entre a qualidade das Privadas e das Públicas
Em outro recorte, as rodovias públicas, que correspondem a 74,8% da extensão avaliada, foram classificadas como ótimo (2,7%); bom (20,0%); regular (43,7%); ruim (25,9%) ou péssimo (7,7%) em sua extensão.
Por outro lado, 63,1% das rodovias concedidas à iniciativa privada foram classificadas como ótimo (21,4%); bom (41,7%); regular (30,8%); ruim (5,7%) ou péssimo (0,4%).
De acordo com dados divulgados, a malha brasileira se estende por mais de 1,5 milhão de quilômetros (desconsiderando a rede planejada).
Mas ainda falta muito para melhorar as rodovias
No entanto, somente 12,4% das estradas é pavimentada, o que corresponde a 213,5 mil quilômetros, dos quais 111.853 quilômetros foram avaliados pela Pesquisa CNT de Rodovias neste ano.
Esse valor representa 52,4% da extensão pavimentada, fato que corrobora com a relevância e representatividade da Pesquisa.
Vale ressaltar que a extensão de vias não pavimentadas, que totalizam cerca
de 1,4 milhão de quilômetros, representam 78,5% da malha.
Consolidando as federais e as privatizadas
Com base na avaliação realizada nos 111.853 quilômetros de rodovias brasileiras,
verifica-se que maior parte da extensão, 75.039 quilômetros (67,0%), foi classificada
como Regular, Ruim ou Péssimo, enquanto 36.814 quilômetros (33,0%) foram
classificados como Ótimo ou Bom.
Os 45.263 quilômetros (40,4%) classificados como Regular estão à beira de uma
deterioração mais severa, exigindo manutenção urgente para evitar seu agravamento.
Ou seja, sem intervenções adequadas e tempestivas de manutenção, estes
trechos possivelmente migrarão para as categorias Ruim ou Péssimo, aponta a pesquisa.
Jornalista especializado em veículos e apaixonado por motores desde criança. Começou a carreira em 2000, como repórter, nas revistas Carro e Motociclismo. Atuou por mais de 10 anos em assessorias de imprensa ligadas ao mundo motor. Foi editor do Portal WebMotors e repórter do Estado de S.Paulo. Hoje, trabalha com repórter e editor do Portal Pé na Estrada.