O repórter Jaime Alves faz um balanço dos aumentos do diesel no primeiro semestre de 2022.

Começou o segundo semestre do ano e pelo visto, a sequência de aumentos no diesel deve continuar. No primeiro semestre foram quatro reajustes: em 12 de janeiro, 11 de março, 11 de maio e 17 de junho.

De acordo com dados do último levantamento do Índice de Preços Ticket Log, o preço do litro do diesel comum, o S500, fechou o mês de junho com média de R$7,87. Já o diesel S-10, comercializado a R$ 8 nos postos de abastecimento do País.

Neste primeiro semestre do ano, os dois combustíveis fecham o período com altas de 36,4% e de 37,3%, respectivamente. Pela primeira vez em 12 anos de história dessa pesquisa, o preço do diesel passa o da gasolina.

Assim como em maio, as maiores médias foram registradas nas bombas no Norte, a R$ 7,70 o S500 e a R$ 7,79 o S-10. O ranking das menores médias está no Sul, com o S500 por R$ 7,02 e o S-10 a R$ 7,10.

O problema da alta do diesel, a gente sabe, é mundial. Antes da pandemia o barril do petróleo custava perto de 70 dólares. Dois anos depois, as cotações batem acima dos 100 dólares. Pra piorar, uma guerra. Solução fácil não tem.

Mas aqui no Brasil tem outro ponto fundamental que só aumenta as dificuldades. Não há vontade política. Diferenças ideológicas são normais, mas o que deveria sobrepor, nestes momentos, é o interesse público. Mas não. Tudo gira em torno das eleições e de disputas partidárias. Daí surgem, não políticas de estado e de longo prazo, mas soluções gambiarras que miram o curto prazo. Lamentável.

 
 
 
 

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